01/07/2022 às 09:52, atualizado em 01/07/2022 às 14:55

Avançam obras de drenagem na Estrada Setor Policial Militar

Com extensão de 8,5 mil metros lineares, sistema de escoamento de água pluvial terá galerias, tunnel liner e bacia de detenção; investimento nesta etapa é de R$ 47,9 milhões

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

O gerente Gustavo Rabelo, do consórcio G5, detalha as etapas da obra e diz que os trabalhos vão impedir enchentes e alagamentos no período mais crítico de chuvas

Para a execução do trabalho, é aberto um ponto de apoio no terreno, chamado tecnicamente de poço de visita, em uma área em que pode haver destruição. Os operários descem pelo poço e seguem escavando manualmente, com varetas e pás, à medida em que também instalam anéis metálicos.

“Não tem como entrar nenhum equipamento pelo poço, então é um avanço que pode parecer lento, mas não é. Ao longo de uma semana, a gente escava em torno de 10 metros de comprimento. Em dois meses, temos um tunnel liner de quase 70 metros”, afirma. Depois de montada a estrutura metálica, é aplicado um revestimento de concreto em toda a superfície.

Também estão sendo construídas galerias, estruturas pré-moldadas com cinco dimensões distintas, a depender da localização. “Quanto mais próxima à bacia de detenção, maior o diâmetro da galeria”, explica Rabelo. A maior peça tem dimensão de 3,40 m X 3,40 m, com um metro de comprimento e pesa 7,5 toneladas.

“Nós montamos as galerias como se fossem peças de lego. Lançamos uma por uma no local certo com um guindaste e, depois, reaterramos”, indica o gerente do contrato, informando ainda que as galerias chegam ao canteiro de quatro em quatro peças, todos os dias.

Depois de passar por todo o sistema, a água pluvial tem um único destino: a bacia de detenção. A estrutura tem 12 metros de profundidade e 357 mil metros cúbicos. “A função dela é a retenção da água, mas, diferentemente de lagoas, por exemplo, ela não permanece ali. Na verdade, passa por dissipadores de energia e segue para o Lago Paranoá”, completa Rabelo.

A bacia terá acesso restrito e será toda protegida por alambrados, para evitar acidentes. “É um trabalho todo ramificado que vai impedir enchentes e alagamentos no período mais crítico de chuvas”, finaliza o gerente.