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06/07/2022 às 08:32
Até sexta-feira (8), cerca de 30 brigadistas atuarão em um trecho de 40 km
Está aberta a temporada de combate aos incêndios florestais no Distrito Federal. E, como forma de prevenção contra esses imprevistos, geralmente causados pela intervenção do homem, o Instituto Brasília Ambiental e a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) começaram a realizar aceiros com o uso de fogo em várias unidades de preservação geridas pelos órgãos.
A iniciativa está sendo realizada em parceria com outras 25 instituições – como o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Departamento de Estradas de Rodagens (DER-DF) e Polícia Militar Ambiental, entre outros. Durante toda esta semana o procedimento ocorre na Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae).
Para o fogo se alastrar são necessários três elementos básicos: oxigênio, calor e material combustível, que pode vir da própria natureza, como capim ou folhas secas. No combate ao incêndio, é preciso fazer a retirada de um desses três elementos. A fonte de calor se combate com água; o oxigênio, com a utilização de abafadores – espécie de pá gigante com uma borracha na ponta –, e os materiais combustíveis, com o uso do fogo.
“É um trabalho feito na hora e no período certos do dia, de forma totalmente controlada, porque, se for preciso parar por algum motivo, a gente tem condições de fazer isso”, observa o diretor de Prevenção de Incêndios Florestais do Instituto Brasília Ambiental, Pedro Cardoso. “É usar o fogo para combater o fogo, mas usamos o fogo bom”, frisa o servidor.
A expectativa é que, de segunda-feira (4) até sexta (8), 40 km de trecho de mato seco sejam queimados pelos profissionais dos 25 órgãos envolvidos na operação. Até o fim dessa terça-feira (5), foram feitos aceiros em cerca de 15 km às margens da BR-020.
Uma das brigadistas que atua na operação desta semana na Estação Ecológica de Águas Emendadas é a estudante de biologia Flávia Barreta, 27 anos. “Tem um ano que trabalho nesse tipo de atividade que envolve o fogo”, conta. “Desde sempre a gente escuta falar que o fogo é ruim, mas aqui a gente aprende a utilizar o fogo como forma de prevenção”, avalia.