04/10/2022 às 11:02

DF tem comitê para enfrentamento da monkeypox

O Centro de Operacionalização da Emergência (COE) possibilita que a pasta avance nas ações de combate ao vírus ao reunir as informações sobre a doença

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues


Brasília, 3 de agosto de 2022
– O Distrito Federal deu mais um passo no enfrentamento ao monkeypox, doença viral de origem animal transmitida para humanos em circulação no país e no mundo. Como forma de concentrar as informações sobre o vírus e facilitar a tomada de decisões, a Secretaria de Saúde (SES) criou, por meio da Portaria nº 509, o Centro de Operacionalização da Emergência (COE) Monkeypox.

De caráter consultivo e temporário, o COE tem como atribuições analisar os padrões de ocorrência, distribuição e confirmação dos casos suspeitos; elaborar os fluxos e protocolos de vigilância, assistência e laboratório para o enfrentamento no âmbito do SUS-DF e subsidiar os gestores com informações e recomendações técnicas visando à adoção de medidas oportunas e tomada de decisões.

Para o presidente do comitê, esse é um momento de precaução em relação à doença: “Estamos lidando com uma doença nova”

A testagem no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) teve início há três semanas como forma de agilizar o diagnóstico dos casos locais. Até então, o Brasil tinha apenas quatro laboratórios referenciados para o exame. No caso do DF, as amostras eram encaminhadas para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e levavam até 15 dias para se obter o resultado. Com o procedimento no Lacen, o diagnóstico é feito em 48 horas.

Para o presidente do comitê, esse é um momento de precaução em relação à doença. “Estamos lidando com uma doença nova, e ainda não se tem todo o conhecimento científico necessário. Existe tratamento, mas o medicamento ainda não está disponível no Brasil. A vacina ainda não chegou. É um momento de precaução. A única maneira que se tem de prevenir e controlar a doença é por medidas não farmacológicas e que estão relacionadas tanto à higienização de ambientes e das mãos quanto à isolação do paciente”, explica.

A chegada da vacina no DF depende do processo de aquisição que está sendo feito pelo Ministério da Saúde junto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Há uma previsão de cerca de 21 mil doses até o final de setembro. “Aguardamos as orientações e todas as normativas relacionados ao público que o Ministério da Saúde vai estabelecer. O ministério é responsável por adquirir esses insumos estratégicos, que ainda não têm produção em escala global. Dependemos desse protagonismo do ministério que é quem precisa prover os estados”, afirma Fabiano dos Anjos.