04/10/2022 às 15:53

Festival de Cinema de Taguatinga começa no feriado de 7 de setembro

Com apoio do FAC, evento conta com mais de 400 curtas-metragens de todo o país

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

Brasília, 30 de agosto de 2022 – Criado em 1998, o Festival de Cinema de Taguatinga, com programação que privilegia a categoria de curta-metragem nacional, nasceu da necessidade de investir em projetos com narrativas engajadas contra injustiças sociais, violências estruturais, racismo, machismo e outros temas urgentes.

O documentário pernambucano ‘Crescer onde nasce o sol’, dirigido por Xulia Doxágui

“Temos uma média de 1.200 pessoas por dia durante o evento e esse ano vamos ter como foco a questão da acessibilidade, inclusive, com oficinas para este público”, salienta Janaína André.

Os filmes da mostra competitiva concorrerão à premiação nas categorias Júri Oficial e Júri Popular durante as apresentações. Doze filmes de curta-metragem compõem a Mostra Paralela 2022. A seleção foi realizada pela curadoria oficial e dedicada aos estudantes do ensino médio, com sessões escolas, também abertas ao público geral, seguidas de bate papos. As exibições acontecem na quinta e na sexta-feira, sempre às 15h.

Cinco filmes curta-metragem participam da Mostra Infantil de 2022, dedicada a crianças do ensino fundamental, com sessões para escolas e abertas também para o público em geral. Os filmes serão exibidos na quinta e na sexta-feira, às 10h, no teatro Paulo Autran, no Sesc Taguatinga.

No sábado, a partir das 15h, a Mostra Azul exibirá uma série de curtas-metragens. É uma programação dedicada a portadores de TEA (Transtorno do Espectro Autista). A sessão é adaptada, com condições de luz e som adequadas ao público, além de oferecer monitores qualificados para atender às famílias.

Em parceria com o Festival Cine Expressão serão exibidas no sábado, às 17h, seis obras produzidas no âmbito do projeto realizado pela Rede Urbana de Ações Socioculturais (R.U.A.S). O projeto, que é voltado para o cinema periférico em Ceilândia, buscou inserir os jovens de Ceilândia no mercado audiovisual e busca apresentar essa área como uma ferramenta de emancipação social.

Homenagem

O grande homenageado desta 16ª edição é o ator, diretor teatral e arte-educador Humberto Pedrancini. Com mais de quatro décadas de experiência no segmento, o artista versátil é conhecido por montagens como Pedro Malazartes, A Cidade Que Não Tinha Rei, Capital da Esperança e o clássico texto de Hermann Melville, Moby Dick.

Pedrancini também atuou como professor em diversas oficinas e na Faculdade Dulcina de Moraes. No cinema, conta com mais de dez participações entre curtas-metragens e longas, destaques para produções como Louco Por Cinema (1994) e Araguaya – A Conspiração do Silêncio (2004). “Um festival que já tem 16 edições é um festival guerreiro”, destaca Humberto. “Fico muito lisonjeado com essa homenagem”, agradece o artista de 72 anos.