04/10/2022 às 17:29

Leve seu filho para vacinar contra a pólio até o dia 30 de setembro

A meta é alcançar 95% da cobertura vacinal de crianças na faixa etária de 1 a 5 anos incompletos

Por Agência Brasília* | Edição: Rosualdo Rodrigues

Brasília, 21 de setembro de 2022 – A poliomielite (ou pólio) é contagiosa e pode causar paralisia. Até o dia 30 de setembro, a população do Distrito Federal conta com uma campanha para vacinação contra a doença em crianças de 1 a 5 anos incompletos – confira a lista de locais onde a vacina na rede pública.

“A principal forma de combate é a vacinação. Essa vacina é segura e aplicada no mundo inteiro”Joana Castro, responsável técnica da vigilância da Poliomielite da Secretaria de Saúdedireita

De acordo com a responsável técnica da vigilância da Poliomielite da Secretaria de Saúde, Joana Castro, a pessoa infectada pelo vírus pode desenvolver paralisia irreversível. “A sequela que a doença deixa é para o resto da vida. É muito grave e precisamos proteger as nossas crianças”, reforça.

Com a circulação do vírus em outras partes do mundo, o Brasil já está em alerta: “A pólio está eliminada do nosso território há mais de 30 anos, mas esse êxito causa uma impressão errada nas pessoas de que ‘se eu não vejo manifestações da doença, não preciso me vacinar’. Não é isso!”, explica Joana Castro.

A meta da campanha é alcançar 95% da cobertura vacinal na faixa etária. “A principal forma de combate é a vacinação. Essa vacina é segura e aplicada no mundo inteiro”, garante Joana.

A imunização é em gotas e para quem já recebeu as três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.  Clique aqui e confira todo o esquema vacinal infantil.

No Brasil, a poliomielite foi erradicada em 1989. Em junho deste ano, a Opas recebeu alerta sobre a circulação do vírus da poliomielite nos EUA. Países da Ásia também confirmaram casos de crianças com paralisia por conta da pólioesquerda

Transmissão

Segundo a referência técnica Joana Castro, a transmissão do vírus dá-se, majoritariamente, via oral-fecal. Outra forma de transmissão menos comum é por via respiratória, por meio de gotículas de saliva. “É um enterovírus, ou seja, entra pela boca e se multiplica no intestino. Pode vir pelo ambiente, pela falta de higiene das mãos e até mesmo a falta de saneamento adequado.”

Segundo ela, após o período de incubação do vírus, os sintomas paralíticos podem levar até 30 dias para se manifestarem. Contudo, o infectado pode transmitir a doença via gotícula por até uma semana, e pelas fezes por até seis semanas.

No Brasil, a poliomielite foi erradicada em 1989. Em junho deste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recebeu um alerta sobre a circulação do vírus da poliomielite nos Estados Unidos. Países da Ásia também confirmaram casos de crianças com paralisia por conta da pólio.

Estudos da Opas mostram que a poliomielite atinge, majoritariamente, crianças com menos de 5 anos e que “enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite.”

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF