04/10/2022 às 16:43

Queda no preço da gasolina influenciou na deflação de 0,22% em agosto

Outro fator decisivo para o índice mensal foi a diminuição do valor das passagens aéreas

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

Brasília, 10 de setembro de 2022 – O Distrito Federal registrou deflação de 0,22% em agosto, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresenta mensalmente a variação dos preços de produtos e serviços e é o indicador oficial da inflação no país. Essa é a segunda variação negativa consecutiva na capital federal, que registrou queda de 0,98% no mês anterior. No âmbito nacional, também se observou deflação (-0,36%).

Entre os fatores responsáveis pelo resultado, destaca-se a redução nos preços dos combustíveis, especialmente a gasolina (-9,34%), e das passagens aéreas (-6,77%), ambos do grupo de Transportes, que apresentou a contribuição negativa mais expressiva na variação mensal entre os grupos pela segunda vez consecutiva, de 3,31%. Além disso, o tomate (-18,97%), o plano de telefonia móvel (-2,10%) e o gás de botijão (-2,41%) foram outros itens que derrubaram a inflação do mês.

Por outro lado, o condomínio (2,41%) e o aluguel residencial (0,86%), ambos do grupo de Habitação, registraram aumento nos preços, bem como o plano de saúde (1%) e o perfume (6,71%), pertencentes ao grupo de Saúde e cuidados pessoais, que registrou a contribuição positiva mais expressiva na variação mensal entre os grupos, de 1,27%. Além disso, empregado doméstico (0,80%) também apresentou alta.

Dos nove grupos pesquisados, apenas os grupo de Transportes (-3,31) e de Comunicação (-0,78%) apresentaram baixas inflacionárias em agosto. Os grupos de Saúde e cuidados pessoais (1,27%), Vestuário (3,02%), Habitação (0,91%), Despesas pessoais (0,70%), Educação (0,80%), Artigos de residência (1,33%) e Alimentação e bebidas (0,02%) apresentaram altas inflacionárias no mês.

INPC

A inflação do DF medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que incide sobre as famílias com rendimentos entre um e cinco salários mínimos – apresentou variação negativa de 0,24% em agosto, acima da média nacional (-0,31%) e abaixo do observado pelo IPCA na capital federal que incide sobre as famílias com rendimentos de até 40 salários mínimos.

As altas e quedas nos preços foram similares nos dois indicadores, embora apresentem pesos diferentes na cesta de consumo de cada um deles. No INPC, o automóvel usado (1,40%), a camisa/camiseta masculina (3,87%) e o biscoito (4,80%) substituíram o condomínio, o plano de saúde e o empregado doméstico no aumento de preços. Isso se deve ao fato de que tais serviços não costumam figurar na cesta de consumo das famílias abrangidas pelo INPC.

O resultado do INPC pouco inferior ao do IPCA deve-se ao fato da gasolina e do gás de botijão, que registraram queda nos preços e pertencerem aos grupos de Transportes e Habitação, respectivamente, apresentarem maior peso na cesta de consumo do primeiro indicador.

Acesse a íntegra do Boletim IPCA-INPC do mês de agosto.

*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal – IPEDF Codeplan