04/10/2022 às 17:32, atualizado em 10/10/2022 às 14:32

Reiki, yoga e tai chi chuan ajudam a administrar o estresse

Rede pública do DF oferece 17 atividades alternativas para a prevenção e tratamento de doenças causadas pelo esgotamento e exaustão

Por Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Helena dos Santos, que tomava sete remédios controlados e há uma década sofria com a insônia, diz que “agora durmo tanto que até perco a hora”

Em três meses de duas sessões semanais na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Planalto, Helena já toma cinco medicamentos e as noites bem dormidas voltaram a ser rotina. “Estou controlada, dormindo bem e, com isso, a medicação está fazendo efeito. Eu agora durmo tanto que até perco a hora”, brinca ela ao compartilhar com os colegas as emoções e avanços do tratamento, oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde.

“O estresse traz transtornos de sono, irritabilidade, dificuldade de concentração e transtornos psicossomáticos como gastrite nervosa e dores no corpo, além do fator de risco de levar a crises de ansiedade e depressão”Marcelo Amaral, médico referência técnica distritaldireita

O estresse, no conceito fisiológico, não é uma doença e sim uma resposta do organismo ao lidar com os desafios e soluções de problemas – assim como a pandemia que mudou hábitos e rotinas das pessoas, assim como o luto de parentes e amigos próximos e o não saber lidar com uma doença que levava à morte.

De acordo com o médico referência técnica distrital (RTD) da Prática de Técnica de Redução de Estresse da Secretaria de Saúde, Marcelo Amaral, o natural, no entanto, é que depois de as tarefas mais complexas serem cumpridas, volta-se o estado de relaxamento. Quando isso não ocorre, surge a estafa. “O estresse traz transtornos de sono, irritabilidade, dificuldade de concentração e transtornos psicossomáticos como gastrite nervosa e dores no corpo, além do fator de risco de levar a crises de ansiedade e depressão.”

A aposentada Divina Laia descobriu a TRE em uma consulta de diabetes. Agora se considera “‘divinamente’ maravilhada com o tratamento”

Foi ao se aposentar, em 2018, que Divina Laia, 59 anos, entrou em depressão. Ela conta que vivia chorosa e se sentindo incapaz por não conseguir resolver todos os problemas da família. “Tudo de ruim que você possa imaginar eu estava sentindo”, diz. Até que procurou a UBS para tratar o diabetes e descobriu o TRE. Agora garante entender que só faz o que pode. “Estou me amando. Não sinto dores como antes, a minha alegria voltou e estou ‘divinamente’ maravilhada com o tratamento”, declara, fazendo graça com o próprio nome.

Reiki, yoga e tai chi chuan ajudam a administrar o estresse