04/10/2022 às 06:44, atualizado em 04/10/2022 às 07:11

Samambaia recebe encontro de cultura de matriz africana

Em sua segunda edição, Festival Magia Negra traz várias atrações artísticas gratuitas

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

Um encontro que valoriza, empodera e dá voz à contagiante cultura negra por meio de várias atrações artísticas de Brasília que se identificam com o tema. Assim promete ser o Festival Magia Negra, que acontece de 14 a 16 de outubro no Complexo Cultural de Samambaia. Em sua segunda edição, o evento, que conta com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura, o FAC, segundo sua idealizadora, a atriz, dançarina e gestora cultural, Suene Karin, é um ato de resistência.

Grupo Encantaria das Matas

“A escolha das atrações é isso, trabalhar a raiz da cultura negra praticada em Brasília. São artistas, grupos e organizações comunitárias que cultuam as manifestações de matriz africana ”, explica Suene Karin. “Quero acreditar que um festival que tenha esse nome venha ensinar as pessoas a se educar e culturalizar a respeito de quem são os negros nesse país, mostrar a potência e beleza que eles são”, defende.

“O festival nasceu da necessidade de encontrar em Brasília um lugar de celebração e respeito para o povo negro se manifestar, ter um espaço de real fruição, de defesa e promoção das práticas culturais de matrizes africanas”Suene Karin, idealizadora do festivaldireita

Exposições de fotos e mostra de filmes com documentários, curtas, clipes e outras formas de manifestação audiovisual, além de montagens teatrais, saraus, bate-papos de prosas e palestras fazem parte da programação, que tem entrada livre. “A expectativa com esse projeto é de contribuir, de alguma maneira, com a educação e formação da identidade do povo no sentido de as pessoas terem a oportunidade de conhecer mais a vida, a arte e a cultura e a história do povo ‘preto’”, convoca. “Que é um povo que construiu com as riquezas deste país, sendo escravizado, maltratado e que ainda hoje não é tratado com o devido respeito”, lamenta.

Serviço

II Festival Magia Negra – De 14 a 16 de outubro de 2022
Complexo Cultural Samambaia (Centro Urbano Quadra 301 – Samambaia Sul)
Entrada com a doação de 1 kg de ração animal ou 1 lata de leite em pó

Programação completa

14 de outubro das 19h30 às 22h

– Dança afro – José Calixto Cae
– Autocuidado cabelo e pele negros – Patrícia Almeida
– Mandinga: Vestindo Pretitudes – Luazi Luango

15 de outubro das 14h às 22h30

– 14h: Abertura do portão, início do funcionamento da Feira de Economia Criativa
– 14h20: Fala da apresentadora abrindo o Festival
– 14h50: Sarau com Jairo Pereira, show Monocromático e 15h20 Literatura Marginal com Markão Aborígene e Singelo 16h às 16h40
– 16h:  Gleide Firmino com monólogo Pele
– 16h40: Cortejo Afro com o Grupo Afoxé Ogum Pá
– 15h às 20h: Mostra de Audiovisual
– 15h às 20h: Exposição fotográfica
– 14h às 21h: Feira
– 15h às 20h: Espaço de acolhimento, escrita e leituras de cartas/relatos/depoimentos
– 18h: Cia de cantores Líricos de Brasília com a Ópera Infantil João e Maria
– 18h: Roda de prosa tema: O que é pretagogia? e Conhecimento e reconhecimento dos grandes líderes negros que não estão nos livros de história como e porquê? Mediação Lia Maria
– 19h10:  Grupo Encantaria das Matas
– 20h10:  Tambor de Criola Flores de São Benedito
– 21h: Agô Saravá, Oríkì aos donos de minha cabeça com meu corpo reza – Coreografia de dança afro com Suene Karim
– 21h20:  Filhos de dona Maria

16 de outubro das 14h às 22h30

– 14h: Abertura do portão, início do funcionamento da Feira de Economia Criativa
– 14h50: Sarau com Jairo Pereira, show Monocromático e às 15h20 batalha de rap com Babi MC e Fugazzi MC
– 16h: Duo Camboatá
– 16h40: Cortejo com Zenga Baque Angola
– 15h: às 20h Mostra de Audiovisual
– 15h: às 20h Exposição fotográfica
– 14h: às 21h Feira
– 15h: às 20h Espaço de acolhimento, escrita e leituras de cartas/relatos/ depoimentos
– 18h: Cia de cantores Líricos de Brasília com a Ópera Infantil João e Maria
– 18h: Roda de prosa temas: Ultrapassar o preconceito religioso para se introduzir o ensino da cultura africana nas escolas e O preparo e consciência do professor sobre a importância de debater o racismo no cotidiano escolar – Mediação de Renata Melo
– 19h10: Jongo do Cerrado
– 20h10: RAPadura
– 21h: Agô Saravá, Oríkì aos donos de minha cabeça com meu corpo reza – Coreografia de dança afro com Suene Karim
– 21h20: Coletivo Sambadeiras de Roda