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03/11/2022 às 14:25, atualizado em 03/11/2022 às 17:53
Dado faz parte de estudo apresentado pelo IPEDF nesta quinta (3) sobre o perfil sociodemográfico da juventude no DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quinta-feira (3), o estudo Juventude: Perfil Sociodemográfico, Educação, Mercado de Trabalho e Jovens Nem-nem, da segunda edição da série Retratos Sociais DF, que apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas de segmentos da população – crianças, jovens, mulheres, idosos, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ – a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad 2021).
[Numeralha titulo_grande=”725.916″ texto=”jovens residiam no DF em 2021, representando 24,1% da populaçãodireita
O estudo apresenta o perfil sociodemográfico da juventude no DF, além de dados referentes à escolaridade e à empregabilidade, especialmente sobre os jovens nem-nem – população de 15 a 29 anos que não trabalha e não estuda. Considerando os diferentes ciclos de vida relacionados à educação e ao mercado de trabalho, o estudo subdivide os jovens em três faixas etárias: 15 a 17 anos, 18 a 24 anos e 25 a 29 anos.
Perfil sociodemográfico
Em 2021, 725.916 jovens residiam no DF, representando 24,1% da população brasiliense. Entre esses, apenas 5,2% dos jovens pertenciam à classe A, enquanto 17,3% às classes D e E; 59,6% eram negros, percentual superior ao observado na população em geral (57,3% dos habitantes do DF eram negros); 5,9% se identificaram como LGBTQIA+ (transgêneros e/ou lésbicas, gays, bissexuais ou outros), percentual superior ao observado quando se analisa todos os respondentes desta questão no DF (3,8%).
Em relação ao arranjo familiar e posição no domicílio, o estudo aponta que 8.618 mulheres jovens entre 15 e 24 anos ocupavam a posição de responsável pelo domicílio no arranjo monoparental feminino, correspondendo a 2,6% das jovens nessa faixa etária.
No ano passado na capital federal, 42,7% dos jovens estavam ocupados, 11,7% desocupados e 45,6% inativos (desocupados, mas não buscavam ocupação)esquerda
Educação
Cerca de 40% dos jovens no DF frequentavam alguma instituição de ensino em 2021. Entre os que estudavam na rede formal de ensino (escola e faculdade), 60,3% estavam na rede pública. Fora do ensino formal (cursos profissionalizantes, preparatórios para Enem, vestibulares e concursos), estavam 11,2%. Considerando o ensino formal e informal, 50,3% dos jovens estudavam no momento da pesquisa.
Na análise por renda, observa-se que nas classes D e E há menor proporção de jovens – nas três faixas etárias – que frequentavam instituição de ensino formal. Cerca de 62% dos jovens nas classes D e E não estudavam (tanto no ensino formal quanto informal), ante 22% na classe A. Evidenciando a relação entre renda e escolaridade, somente 12,6% dos jovens nas classes D e E que estudavam na rede formal de ensino frequentavam o ensino superior, frente a 54,2% dos jovens na classe A.
Trabalho
No ano passado na capital federal, 42,7% dos jovens estavam ocupados, 11,7% desocupados e 45,6% inativos (desocupados, mas não buscavam ocupação), ou seja, fora da força de trabalho. A taxa de desemprego dessa população era de 21,4%, superior à observada na população em geral (11%). As maiores taxas foram registradas em Brazlândia (36,2%) e Recanto das Emas (37,2%), enquanto as menores taxas foram no Lago Sul (5%) e Sudoeste/Octogonal (1,6%).
A taxa de desemprego foi maior entre os jovens de 15 a 17 anos (48%), assim como a proporção de inativos (85,3%). Entre jovens de 25 a 29 anos, a taxa de desemprego foi a menor registrada (13,8%), assim como a proporção de inativos (24,1%).
Com relação aos nem-nem, 20,8% dos jovens no DF não trabalhavam nem estudavam em 2021. Ao analisarmos o perfil sociodemográfico desses jovens, podemos observar que negros e mulheres – especialmente com filhos – representam a maioria desse grupo. A renda também é um fator que influencia nesse quesito: 30,9% dos jovens nas classes D e E não trabalhavam nem estudavam. Esse percentual reduz à medida que observamos as classes mais altas, como na classe A, na qual 9% dos jovens eram considerados “nem-nem”.
*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal