07/11/2022 às 14:56, atualizado em 07/11/2022 às 15:54

Antes das chuvas, mais de 23 mil toneladas de lixo retiradas de bueiros

O DF tem aproximadamente 90 mil bocas de lobo por todo o seu território

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

As chuvas começam a aumentar no Distrito Federal, e um dos serviços mais importantes nesta época de muita água são para limpeza e desobstrução de bocas de lobo e bueiros. Uma ação executada em parceria pela Secretaria de Governo (Segov) e a Novacap concentrou esforços nos últimos cinco meses nesta missão. Por toda a capital, um total de 23,7 mil toneladas de lixo foram retiradas dessas caixas, responsáveis por captar a água pluvial. Muitas foram reformadas, e outras, desentupidas (veja abaixo).

O trato nos bueiros das 33 regiões administrativas faz parte do dia a dia do programa de reformas da Segov – o GDF Presente, que conta com dez polos de serviço abrangendo as 33 regiões administrativas. Além da participação crucial da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), com a mão de obra de reeducandos do sistema prisional, os trabalhos têm o apoio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

Arte: Agência Brasília

O lixo é ensacado e recolhido por caminhões do GDF Presente, Novacap e SLU. As mais de 20 mil toneladas de resíduos correspondem a 1,2 mil caminhões trucados cheios. Já as tampas de concreto para substituição são feitas pela companhia ou, em alguns casos, pela administração local. Jogar o lixo no lixo” é uma recomendação sempre repetida por aí, mas difícil de ser seguida por boa parte da população. E, com a água da chuva, muita coisa vai parar na boca de lobo.

“Tem gente que tem uma cultura muito arcaica e não tem o hábito de jogar o lixo no lugar certo; depois, o prejuízo é para toda a comunidade, com as ruas alagadas, água invadindo as casas em Ceilândia”, pontua o aposentado José Carlos Maciel, 67, morador do Setor O. “Esse serviço de limpeza é essencial, pois a gente sabe que tem muita sujeira nas caixas”, acredita o militar Wellington Silva, 56. “Na frente da minha casa, deixo tudo limpinho e cato coisas pela rua. Nossa rua é um declive; a água desce com força e precisa ter um lugar para escoar”.

Antes das chuvas, mais de 23 mil toneladas de lixo retiradas de bueiros