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08/11/2022 às 19:32
De acordo com estudo do IPEDF, deficiência visual é a mais comum, com 43,2% de incidência
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta terça-feira (8), o sumário executivo do estudo Pessoa com deficiência: educação, inserção no mercado de trabalho, mobilidade urbana e infraestrutura domiciliar. O documento faz parte da segunda edição da série Retratos Sociais DF, que apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas dos seguintes recortes da população a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad 2021): crianças; jovens; mulheres; idosos; negros; pessoas com deficiência e LGBTQIA+.
[Numeralha titulo_grande=”113.642″ texto=”Quantidade de pessoas com deficiência que residiam no Distrito Federal em 2021direita
O estudo analisa dados sobre escolaridade, empregabilidade, deslocamento e condições de moradia da população com deficiência na capital federal, além de caracterizar o perfil sociodemográfico deste grupo. Foram consideradas pessoas com deficiência (PcD) aquelas que declararam grande dificuldade ou não conseguir de modo algum enxergar, ouvir ou caminhar/subir degraus de modo permanente e, no caso da deficiência intelectual/mental, se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar e estudar.
Perfil sociodemográfico
Em 2021, 113.642 pessoas com deficiência residiam no Distrito Federal, correspondendo a 3,8% da população com dois anos ou mais. Entre elas, 43,2% possuíam deficiência visual; 22,6%, múltipla; 19,8%, física; 7,2%, auditiva; e 7,2%, intelectual/mental.
Os tipos de deficiência se concentravam entre adultos e idosos, a exemplo da auditiva, na qual a maior parte das pessoas tinha por volta dos 75 anos. A exceção era a deficiência intelectual/mental, com maior prevalência entre jovens por volta dos 20 anos.
Na análise por classes socioeconômicas, 6,6% da população nas classes D e E possuíam alguma deficiência, perante 2% da população nas classes A e B.
Educação
Entre as pessoas com deficiência em idade escolar, 63,5% frequentavam alguma instituição de ensino, percentual pouco menor que o observado entre as pessoas sem deficiência (66,5%). A rede pública absorve grande parte dos estudantes com deficiência (81,8%) e sem deficiência (68,5%).
Em relação ao ensino superior, 13,8% das PcDs com 25 anos ou mais concluíram esse nível de ensino, enquanto 35,9% das sem deficiência possuem formação superior.
Trabalho e renda
Apenas 24,5% das pessoas com deficiência residentes no Distrito Federal trabalhavam em 2021. Entre as pessoas sem deficiência, esse percentual era de 50,5%. A taxa de desemprego entre PcDs foi de 18,6%, superior à registrada entre as pessoas sem deficiência.
Um dado relevante é a proporção de empreendedores e autônomos entre as pessoas com deficiência (35,9%), superior à observada entre as sem deficiência (26%). Outro aspecto a ser considerado é a proporção de aposentados: 33,6% das PcDs, frente a 11,4% das pessoas sem deficiência.
A renda média do trabalho principal das pessoas com deficiência era menor que a das pessoas sem deficiência: R$ 2.246,96 e R$ 3.817,52, respectivamente. Cerca de 14% das PcDs recebiam algum benefício social, ante 6% das sem deficiência.
*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal