30/12/2022 às 20:06, atualizado em 30/12/2022 às 21:20

MAIOR OBRA SOCIAL DO BRASIL É DO DF

É o que atestou o Ministério da Cidadania ao avaliar o conjunto de programas sociais implantados por diversas secretarias no primeiro Governo Ibaneis Rocha

Por Agência Brasília*

A pandemia do coronavírus fez com que a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) se reinventasse para preservar e ampliar os serviços e benefícios oferecidos à população socialmente mais vulnerável do Distrito Federal. Programas sociais que já existiam foram ampliados e fortalecidos, enquanto novos projetos foram implantados. Tudo muito rápido e preciso para preservar e salvar vidas. Esse trabalho foi inicialmente comandando pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, que dirigiu a Sedes durante dois anos e quatro meses. Em agosto de 2022, a Sedes passou a ser dirigida pela advogada Ana Paula Marra, que no último dia 26 foi confirmada no cargo pelo governador Ibaneis Rocha. Ao avaliar o conjunto de programas implantados pela Sedes e por outras secretarias, como Educação, Saúde e Esporte, o Ministério da Cidadania atestou: o DF tem a maior rede de proteção social do Brasil. Confira o balanço da Sedes nesta entrevista com Ana Paula Marra.

A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, relata que, com o aumento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade, a Sedes precisou agir rapidamente em atendimentos prioritários

AB – O que a Sedes fez para atender moradores que procuravam as unidades do Cras?

APM – Montamos na Sedes uma equipe de gestores técnicos como jamais vista anteriormente. Na maioria dos cargos de gestão estão servidores de carreira, ou seja, gente que tem conhecimento técnico e vivência prática nessa política há, pelo menos, uma década. Então nos debruçamos sobre o tema e planejamos uma série de ações: reestruturação do quadro de pessoal, com mais de mil nomeações de novos servidores; a ampliação da carga horária dos trabalhadores de 30 para 40 horas; a abertura de unidades nesta gestão após anos sem um equipamento novo; e a implantação de uma equipe móvel.

AB – Essas medidas deram resultados, reduziram as filas?

APM – Hoje a realidade é outra. Não existe mais aquela aglomeração que se verificava nas portas do Cras. Há demanda, mas também há atendimento eficaz em todas as unidades. Esperamos um dia não existirem mais filas nas portas dos Cras. Esse dia será aquele em que todas as famílias tiverem superado a condição de vulnerabilidade. É um desafio, com certeza, mas estamos aqui para isso.

“Esperamos um dia não existirem mais filas nas portas dos Cras. Esse dia será aquele em que todas as famílias tiverem superado a condição de vulnerabilidade”esquerda

AB – Mas essas filas não deixaram de ser físicas para serem virtuais?

APM – Seja física ou virtual, a realidade é que estamos conseguindo reduzir as filas gradativamente. As famílias estão, sim, sendo atendidas. Neste ano, devemos chegar à casa de 600 mil atendimentos no Cras. Para saber se é muito ou pouco, basta comparar com os anos anteriores. Por exemplo: até 2019, o número de atendimentos não chegava a 100 mil. Em 2020, beirou os 200 mil. Em 2021, foram para a casa dos 500 mil atendimentos.

AB – Nesses quatro anos, quais as principais conquistas da Sedes?

APM – Vou responder com exemplos. No ano passado, um cidadão em situação de rua, morador de uma de nossas unidades, foi aprovado em letras na UnB. Neste ano, foi uma jovem moradora da nossa República Jovem quem passou para serviço social, também na UnB. Tivemos mais um frequentador do Centro Pop e outro do Creas, ambos de Taguatinga, que também ingressaram no ensino profissionalizante. Não são casos isolados. São exemplos frequentes dentro das nossas unidades.

AB – E para os próximos quatro anos, quais passos que a Sedes pretende dar?

APM – Podemos dizer que já estamos dando esses passos. Um deles é o fortalecimento do atendimento às famílias. Por meio de uma articulação do governador Ibaneis Rocha, o BRB designou oito agências para um mutirão de agendamento das famílias nas unidades do Cras. O objetivo agora é realizar mais ações desse tipo.

AB – Além dessas ações, o que a Sedes pretende fazer para ampliar e melhorar o atendimento?

APM – Em relação à infraestrutura, vamos ampliar ainda mais a rede socioassistencial. Depois de sete anos, inauguramos novas unidades e vamos seguir com novos projetos. Dois restaurantes comunitários estão com obras adiantadas e outros serão construídos. Já estão programados quatro novos Cras para 2023 e mais de uma dezena de unidades está por vir. Faremos o curso de formação para as pessoas aprovadas no último concurso da secretaria, ou seja, pretendemos chamar ainda mais candidatos, ainda da nomeação dos aprovados já aptos para a convocação. No que diz respeito aos programas sociais, a meta também é abarcar cada vez mais famílias em situação de vulnerabilidade.

*Colaboração: Assessoria de Comunicação da Sedes