17/02/2023 às 15:50

CarnaFlow leva hip-hop e reggae ao Carnaval de Ceilândia

Em sua quarta edição, o bloco desponta como alternativa para quem não curte samba e axé; a festa está marcada para este sábado (18)

Por Carolina Caraballo, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Nada de ziriguidum, telecoteco ou esquindô. No CarnaFlow, o samba em sua forma tradicional não tem vez. O bloco natural de Ceilândia aposta no hip-hop, no reggae e no ragga para atrair o público que busca ritmos alternativos no Carnaval. Em sua quinta edição, o evento vai tomar conta da Praça do Cidadão, neste sábado (18), em dois horários. A festa é gratuita.

No período da manhã, a partir das 10h, o CarnaFlow se transforma em Carna Kids. A versão infantil do bloco vem com brinquedos infláveis, apresentações circenses e muita diversão. O público muda a partir das 17h, quando a festa passa a se dedicar aos jovens e adultos. De acordo com a organização do evento, a expectativa de público é de 1.200 pessoas.

“Vamos trabalhar com cinco DJs, três mulheres e dois homens, e seguimos colocando a representatividade e o combate à homofobia em foco trazendo um DJ trans para tocar”, anuncia Antônio de Pádua Sá, um dos coordenadores do CarnaFlow. “É importante incentivar essa conscientização na comunidade. Além disso, vamos oferecer uma infraestrutura inédita na história do bloco.”

Para o Carnaval de 2023, a festa recebeu um investimento de R$ 30 mil, recurso proveniente do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). “Teremos UTI móvel, brigadistas, seguranças, palco com iluminação e bons equipamentos de som”, enumera Pádua. “Também vamos contar com uma equipe de redução de danos, repetindo a boa experiência que tivemos com essa iniciativa na quarta edição”.

Um grupo de dez pessoas vai circular pelo bloco em busca de pessoas com sinais de embriaguez. Se concordar, o folião que passou dos limites é levado para um espaço reservado, onde poderá descansar, tomar água e comer frutas. “É uma parceria muito legal com a ONG Tulipas do Cerrado, uma ideia que funcionou muito bem no ano passado”, garante Pádua.