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24/02/2023 às 09:54, atualizado em 03/03/2023 às 15:51
Órgãos do GDF vão recolher lixo e inservíveis nas estâncias 3 e 5 para eliminar focos do mosquito transmissor da doença
Uma simples tampinha com água infestada com larvas do mosquito Aedes aegypti e esquecida no quintal é suficiente para propagar dengue para 25 casas na vizinhança. Esse foi um dos alertas divulgados na quinta-feira (23) pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) de Planaltina, durante ação preventiva na região. O trabalho continua na segunda (27), em parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o GDF Presente e a administração local.
Quando as equipes chegarem, os moradores já terão reunido o lixo e inservíveis de suas casas – possíveis focos do mosquito transmissor – para serem recolhidos, conforme orientação dada na ação de quinta-feira durante os serviços realizados nas quadras da Estância 3 e 5 da região administrativa.
Serão reforçadas as recomendações sobre a importância de deixar as caixas-d’água e lixeiras tampadas, colocar areia nos pratos de plantas, recolher e acondicionar o lixo do quintal e limpar as calhas. De acordo com o Núcleo de Vigilância Ambiental de Planaltina, são necessários apenas dez minutos por semana para que uma pessoa faça a inspeção de sua residência.
Moradores podem ajudar
“Se não houver a participação dos proprietários das residências, não teremos sucesso. Cada um precisa cuidar da sua casa”Michele Peçanha, chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Planaltinadireita
“Nesse momento, estamos realizando a conscientização dos moradores”, disse a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Planaltina, Michele Peçanha, que percorreu as casas da Estância 3 com os agentes durante a ação de quinta-feira. “Com o alerta, queremos evitar a circulação viral e que as pessoas não adoeçam. A cooperação das pessoas é muito importante. Se não houver a participação dos proprietários das residências, não teremos sucesso. Cada um precisa cuidar da sua casa”.
Moradora da Estância 3 e dona de um belo e grande quintal, Maria das Graças Oliveira é uma das que fazem esse dever de casa. Para evitar a proliferação de larvas, ela nunca deixa água no pratinho das plantas. “Nossa saúde depende desse cuidado que temos em não deixar água parada”, aponta. “Aqui está tudo sempre seco. Todos precisam ter cuidado”.
A Estância 3 foi escolhida devido ao Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (Lira) executado na localidade em janeiro. O Índice de Infestação Predial (IIP) verificado foi de 3,2, o que configura alerta em relação à contaminação. A cifra só perdeu para a registrada no Vale do Amanhecer, que teve IIP de 3,7.
Ação integrada
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, lembra que o combate à dengue envolve uma ação ampla, de assistência e vigilância. “Temos que deixar nossas unidades básicas e hospitais prontos para receber o paciente e prestar o atendimento”, sinaliza. “Porém, o trabalho vai muito além da assistência – vai desde o processo educativo, como o descarte correto de lixo e cuidado com água parada”.
Segundo a gestora, este ano está sendo reforçada a mão de obra de agentes comunitários que fazem o controle de endemias. “Eles visitam as casas, veem se há focos do mosquito e fazem o processo educativo”, explica. “Junto a isso, colocamos produtos em caixas-d’água e em locais onde pode haver larvas do mosquito. O final de tudo é o fumacê, mas, antes dele, é preciso que ações de educação tenham sido feitas, para que a gente não tenha pacientes chegando em grande quantidade aos hospitais”.