27/03/2023 às 18:09

DF inova em serviços de saúde para vítimas de violência

Distrito Federal tornou-se a primeira unidade da Federação a instituir formalmente a RAV, que oficializa o processo de fluxo de atendimento e cuidado e capacitação dos profissionais

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

O Distrito Federal tornou-se a primeira unidade da Federação a instituir formalmente a Rede de Atenção às Pessoas em Situação de Violência do Distrito Federal (RAV) – um passo além das outras cinco redes temáticas de atenção estabelecidas pelo Ministério da Saúde e adotadas no âmbito federal. A RAV estabelece e oficializa o processo de fluxo de atendimento e cuidado, capacitação dos profissionais, monitoramento e funcionamento dos serviços de saúde voltados para vítimas de violência sexual, doméstica e familiar.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, em encontro da força-tarefa do GDF, criada para propor políticas públicas voltadas à prevenção do feminicídio e à proteção das mulheres | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A gerente de Serviços de Psicologia da Diretoria de Serviços de Saúde Mental, Fernanda Falcomer, que atua como representante técnica especialista na temática de enfrentamento à violência da SES na força-tarefa, explica que, muitas vezes, a saúde é a porta de entrada das vítimas para os demais serviços do governo, o que reforça a importância do trabalho articulado que a RAV estabelece – de preparar todos os serviços, equipes, unidades e hospitais para o atendimento integrado e cuidadoso desse público.

“A violência é um mal que causa impactos na saúde física e na saúde mental, trazendo consequências psicológicas graves não só para as vítimas, mas para suas famílias e as comunidades”, reforça Fernanda. “Este é um grande passo para garantir ainda mais a qualidade do atendimento humanizado, tão relevante para pessoas nessas situações.”

Redes temáticas de atenção à saúde

Outras cinco redes já haviam sido instituídas no Distrito Federal, seguindo as estipulações do Ministério da Saúde e do SUS.

A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) trabalha para ampliar o acesso e qualificar o atendimento a esse grupo, além de elaborar ações de prevenção e de diagnóstico precoce de deficiências.

Já a Rede de Urgência e Emergência (RUE) estipula o fluxo e organiza as operações de atendimento às urgências e emergências nas regiões de saúde do DF, garantindo um serviço mais efetivo e funcional.

A Rede Cegonha estrutura ações e serviços de atendimento de qualidade e humanizado para mulheres em idade reprodutiva, durante a gravidez e para bebês e crianças de até dois anos, assegurando o acolhimento e a vinculação dos pacientes às UBSs e aos hospitais de referência para o acompanhamento.

Também existe a Rede de Atenção das Pessoas com Doenças Crônicas não Transmissíveis, voltada para o cuidado integral desse grupo em todos os pontos de atenção, garantindo a prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde.

A SES disponibiliza ainda a Rede de Atenção Psicossocial, com a finalidade de acolher e acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental, bem como atender outras demandas decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

*Com informações da SES