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28/03/2023 às 17:48
Atividades lúdicas no Cecon Brazlândia, voltadas para um grupo de 97 pessoas, estimulam o envelhecimento saudável e fortalecem vínculos com a família e a comunidade
Utilizar um labirinto como atividade lúdica para desenvolver as habilidades cognitivas e a coordenação motora dos idosos. Essa foi uma das dinâmicas escolhidas pelo Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Brazlândia para dar início ao percurso Desenvolvimentos, voltado para o grupo de 97 pessoas, entre adultos e idosos, atendidos na unidade. Percursos são as atividades planejadas desenvolvidas no âmbito do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).
“Gosto de participar do forró, de jogar dominó, de cantar. Nunca pensei que tinha esse talento na vida, aí descobri aqui no Cecon”, relata Antônio Nicolau de Morais, 78 anos, que, nos encontros do grupo, costuma tocar violão. “Está fazendo muito bem para mim, eu não sei nem mais viver sem”, conta.
Trazida pelas irmãs que já frequentavam o Cecon Brazlândia, Maria Antônia da Silva, 64 anos, fala da importância dos encontros semanais para superar a depressão: “Esse grupo tem me ajudado bastante a superar as dificuldades da minha vida. O grupo me acolheu com amor e carinho, me dá a atenção, só tenho a agradecer”.
O Cecon Brazlândia atende, no total, 132 pessoas, incluindo os adultos e idosos do chamado grupo intergeracional e os adolescentes com idades entre 15 e 17 anos.
“Todas as estratégias utilizadas no serviço são planejadas de acordo com as necessidades dos nossos usuários. Nas últimas semanas, estávamos trabalhando temas mais densos e profundos, como violência contra a mulher, insegurança nas relações afetivas. Por isso, neste percurso, decidimos propor algo mais leve, voltado diretamente para a realidade deles”, explica o chefe do Cecon Brazlândia, Marcelo Gonçalves.
Dezesseis unidades
“A política de assistência social vai muito além da concessão de benefícios sociais. A prioridade é prevenir também situações de risco social, com fortalecimento de vínculos familiares e com a comunidade”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Socialdireita
Os percursos desenvolvidos nos Centros de Convivência não abordam as mesmas questões, nem são iguais. Sob a coordenação da Sedes, cada uma das 16 unidades do Distrito Federal tem autonomia para desenvolver estratégias diversas apropriadas à realidade do território e à comunidade atendida, como reforça o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista.
“A estruturação dos percursos pela equipe técnica, levando-se em consideração as competências a serem desenvolvidas com os indivíduos atendidos, perpassa por um processo ativo de identificação das vulnerabilidades vivenciadas por eles que almejamos contribuir para a superação. Nesse sentido, conhecer as características do público atendido e de seu território de vivência, incluindo nesse bojo também as potencialidades, se torna imprescindível para a proposição de atividades adequadas, desafiadoras e prazerosas que propiciem o alcance dos objetivos almejados”, pontua.
“A política de assistência social vai muito além da concessão de benefícios sociais. A prioridade é prevenir também situações de risco social, com fortalecimento de vínculos familiares e com a comunidade. O Serviço de Convivência é uma forma de intervenção social planejada, buscando criar situações desafiadoras, estimular e orientar os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território”, destaca a secretária Ana Paula Marra.
*Com informações da Sedes