24/04/2023 às 20:01

Comissão Permanente vai reforçar paz nas escolas

Ao mesmo tempo em que formou grupo para conter casos nas unidades educacionais, Secretaria de Educação instituiu um protocolo de notificação de violência entre os estudantes

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Na contínua busca pela paz no ambiente escolar, a Secretaria de Educação instituiu a Comissão Permanente pela Paz nas Escolas da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal e também um protocolo de notificação sobre a violência física, psicológica e sexual no âmbito das unidades escolares. O objetivo é aprimorar o planejamento para enfrentar casos de denúncias de violência na rede. Ambos os atos foram publicados por meio de portarias na edição do Diário Oficial do DF desta segunda-feira (24) .

Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ambas as portarias ajudam a estreitar o contato entre as escolas e a pasta no enfrentamento à violência. “Temos atuado desde o ano passado incluindo cada vez mais a cultura de paz nas nossas escolas. Agora, teremos essa comissão permanente para abordar e tratar de todas as situações que ensejam a violência. Acredito que com diálogo e ouvindo as áreas, trabalhando com foco no combate ao bullying e todo tipo de preconceito, evitaremos possíveis situações de violência na comunidade escolar. Esse é nosso principal objetivo”, destaca.

A Comissão Permanente substituirá a Comissão para Implementação e Operacionalização do Plano de Urgência pela Paz nas Escolas da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. O objetivo é discutir, propor, criar ações e mecanismos para promover a paz nas escolas da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.

“É preciso trazer a família para dentro da escola. Por isso, pedimos ajuda aos familiares, para que estes conversem com seus filhos, observem os comportamentos deles, vistoriem a mochila, os celulares. Precisamos contar com mais esse apoio que vem de dentro da casa dos nossos estudantes”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DFesquerda

Para o coordenador responsável pela Comissão, Tony Marcelo, as publicações são mais um esforço da SEEDF pela paz no ambiente escolar. “Elas têm uma importância grandiosa pelo simbolismo, por terem sido publicadas em 20 de abril, que vai ficar marcado pela união de forças institucionais que tivemos como sociedade, governo e famílias em seus mais diversos tipos, em defesa dos alunos e das escolas”, afirma.

Dentre os objetivos instituídos pelas portarias, constam a prevenção e o enfrentamento das condições geradoras de violência nas unidades escolares, bem como o fortalecimento do papel social da escola na promoção da paz, da cidadania, da solidariedade, da tolerância e do respeito ao pluralismo e à diversidade étnica, religiosa, de gênero e cultural, dentre outros.

Plano de segurança

Um plano de segurança para as escolas do Distrito Federal foi anunciado em entrevista coletiva, na última semana, no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), pelos secretários de Segurança Pública, Sandro Avelar, e de Educação, Hélvia Paranaguá. Trata-se de um conjunto de medidas para a prevenção da violência.

As ações envolvem o reforço no efetivo policial, a participação de vigilantes e o monitoramento da deep web – uma área da internet que fica “escondida”, tem pouca regulamentação e que, pela dificuldade de acesso, é usada para o compartilhamento de conteúdo ilegal – e perfis em redes sociais que fazem apologia à violência nas instituições de ensino.

Além disso, todos os diretores das escolas públicas do DF participaram de uma formação, na qual foram dadas orientações sobre atitudes que devem ser tomadas mediante casos de ameaças à comunidade escolar. O evento aconteceu na Academia do Corpo de Bombeiros, e faz parte do plano de segurança para as escolas do DF.

Durante a programação, a secretária de Educação fez um apelo às famílias dos estudantes. “É preciso trazer a família para dentro da escola. Por isso, pedimos ajuda aos familiares, para que estes conversem com seus filhos, observem os comportamentos deles, vistoriem a mochila, os celulares. Precisamos contar com mais esse apoio que vem de dentro da casa dos nossos estudantes”, destacou.

*Com informações da Secretaria de Educação do DF