24/04/2023 às 12:04, atualizado em 24/04/2023 às 15:25

Samba e música clássica fecham programação de aniversário da capital

Encerradas neste domingo (23), festividades reuniram cerca de 80 mil pessoas nos três dias do evento na Torre de TV

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

O encerramento das comemorações aos 63 de Brasília foi regado a samba e música clássica, neste domingo (23), debaixo de muito sol, com samba e música clássica. Durante os três dias de evento, na Praça da Torre de TV, cerca de 80 mil pessoas curtiram a programação oferecida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). 

“Foram três dias de muita alegria, de muita comemoração”, afirma o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues. “Brasília fez 63 anos, e já estamos pensando nos 64. Foi muito bom. O público compareceu em massa, sem intercorrências, com muita paz, como a cidade merece.”

Por sua vez, o secretário de Turismo, Cristiano Araújo, destacou que o evento movimentou a cadeia produtiva do turismo e da cultura nesses três dias de festa. “Foram três dias com muita programação para toda a família, atendendo toda a população, em um evento realizado em parceria com todos os órgãos do GDF, com muita segurança e diversão”, disse. 

A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro subiu ao palco, em frente à Torre de TV, para encerrar a programação do aniversário da cidade

Por volta das 18h, os 90 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) entraram em cena para encerrar as comemorações do aniversário de Brasília. Para celebrar a data, foi executado o clássico Aquarela do Brasil. Logo depois, o secretário de Cultura e Economia Criativa subiu ao palco para participar da apresentação, declamando o poema sinfônico Brasília, Sinfonia da Alvorada, composto em 1959 por Tom Jobim, com letra de Vinícius de Moraes.

Regente da OSTNCS, o maestro Cláudio Cohen lembrou que, durante a construção de Brasília, Juscelino Kubitschek resolveu encomendar uma obra que apresentasse a nova capital para o Brasil e para o mundo. Foi assim que surgiu o convite para que Tom e Vinicius passassem alguns dias hospedados no Catetinho e conhecessem mais da cidade projetada em meio ao Cerrado. Assim surgiu a obra.

A sinfonia foi recuperada para ser apresentada na festa. “Durante meses, partituras foram reconstruídas, a partir de manuscritos originais decifrados e digitalizados para que, então, os ensaios começassem”, relatou o maestro. “Esse trabalho foi feito por muitas mãos. Contamos com o apoio do Coro Adventista de Brasília, do Coro Infinito e do Coro Supremo Encanto, que cantam a letra que exalta a cidade”.

O público se encantou com a remontagem da obra em homenagem à capital, além de clássicos da música brasileira, como obras eruditas de Carlos Gomes e populares de Ary Barroso e de Raul Seixas. Durante a apresentação, o maestro Cohen aproveitou para estimular a familiaridade da plateia com a música clássica: “Ela está presente em nosso cotidiano e é para todas e todos. Além de agradável, pode trazer uma reflexão de cidadania, sempre”.

Renato Russo

A programação se concentrou na Torre de TV, mas contou com atividades espalhadas por vários equipamentos culturais públicos do DF, como o Espaço Cultural Renato Russo, a Biblioteca Nacional de Brasília, o Museu Nacional, o Centro de Dança e o Memorial dos Povos Indígenas. No Renato Russo, o público pode acompanhar, a partir das 19h, o Sarau Poético e o lançamento do documentário Poemas de Opinião, registro sobre o grupo teatral carioca Opinião, um dos mais importantes do país, cujo auge foi em meados dos anos 1960.

Quem passou pelo local ainda pode conferir, na Galeria Parangolé, a exposição Inventando Voos, com curadoria de Marília Panitz e Carlos Silva. Já na Galeria Ruben Valentim, o público se divertiu com a interatividade da exposição De Ver Cidade, Brasília Numa Caixa de Brincar. Criação do coletivo de artistas ENTREVAZIOS, o projeto consiste em uma série de 20 blocos interativos que remetem a uma maquete da ci

*Com informações da Secec e da Setur