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28/04/2023 às 15:35, atualizado em 28/04/2023 às 18:08
Profissionais que atuam na reforma do trecho apresentaram para os estudantes as técnicas utilizadas durante os serviços
Alunos do 9° semestre de engenharia do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) conheceram de perto, nesta quinta-feira (27), o método inovador que está sendo utilizado nas obras da Via Estrutural. O projeto, inédito no Distrito Federal, substitui o asfalto por pavimento rígido em toda a extensão da pista.
A obra de pavimentação em concreto da Estrada Parque Ceilândia (DF-095) teve início em dezembro de 2022, com investimento de mais de R$ 67 milhões da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). A concretagem, com 21 cm de espessura, prevê a substituição do asfalto por pavimento rígido em toda a extensão da pista, que começa no entroncamento com a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia/DF-003) e vai até o viaduto de entroncamento entre a Estrada Parque Contorno (DF-001) com a BR-070.
“Estamos investindo R$ 67,7 milhões somente na obra da via Estrutural. Além da maior durabilidade, a modernização da via garantirá mais segurança e proteção aos veículos, porque o material é aplicado para evitar que sejam criados buracos ou outros problemas que aumentem os riscos de acidentes”, afirma o presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), Izidio Santos.
“A Terracap está devolvendo à população, em obras de infraestrutura, os recursos arrecadados com as vendas de imóveis. Investir em mobilidade urbana é permitir maior qualidade de vida àqueles que trafegam pela via cotidianamente”, acrescenta.
O conforto e a segurança para os motoristas e a economia ao GDF são ressaltados pelos engenheiros que atuam diariamente na obra. O projeto prevê uma durabilidade de 20 anos do material utilizado.
Para o engenheiro e diretor do terceiro distrito rodoviário do DER, Jarbas Alessandro, o material utilizado na obra trará diversos benefícios à população do DF. “Pavimentação rígida permitirá uma agilidade maior no deslocamento dos veículos, um conforto no rolamento; além disso, a manutenção desse pavimento é mais duradoura por conta da própria resistência do concreto. A partir do momento em que você tem menos intervenção na pista, menos afeta o trânsito, e os motoristas conseguem transitar com mais fluidez”, explica.
O engenheiro de estruturas civis da Associação Brasileira de Cimento Portland, Waldir Belisário, que acompanha e avalia a qualidade da obra, por meio de um termo de cooperação técnica com o DER, afirma: “Será uma via mais iluminada, pela cor do concreto [cinza claro], o que dá uma maior segurança visual, e não tem risco de aquaplanagem, pois o material permite um escoamento melhor da água”.
Belisário ressalta ainda que os caminhoneiros serão beneficiados. “Imagina o prejuízo que ele tem quando precisa parar porque estourou o pneu ou quebrou a suspensão por conta de um buraco na rodovia. Quando se tem uma via como essa, que vai te dar melhor trafegabilidade e uma maior durabilidade, o custo de manutenção do caminhão e da frota será muito menor”, finaliza o engenheiro.