22/06/2023 às 16:49, atualizado em 22/06/2023 às 19:01

Hospital de Santa Maria implanta projeto-piloto para rastrear medicamentos

O sistema atende às exigências da Anvisa e viabiliza menos gastos para o IgesDF

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é o primeiro da rede SUS no DF a implantar projeto-piloto de rastreabilidade de medicamentos. O projeto terá início na Unidade de Terapia Intensiva Adulto, no serviço de Centro Obstétrico e na Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (Ucin).

“Com a rastreabilidade do medicamento, é possível saber o que o paciente tomou, que horas tomou, quando tomou e a quantidade”Deilton Lopes da Silva, superintendente de Tecnologia do IgesDFdireita

A rastreabilidade de medicamentos pode ser entendida como um conjunto de processos e procedimentos que mapeia e gera o histórico de cada posição do medicamento, desde sua origem até o consumidor final.

É uma ferramenta importante no controle de estoque, no planejamento da aquisição de insumos, nas operações logísticas e na dispensação, com a finalidade de garantir a segurança do paciente. “Com a rastreabilidade do medicamento, é possível saber o que o paciente tomou, que horas tomou, quando tomou e a quantidade”, explicou o superintendente de Tecnologia do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Deilton Lopes da Silva.

O procedimento mapeia e gera o histórico de cada posição do medicamento, desde sua origem até o consumidor final

A farmacêutica hospitalar da UTI Adulto do HRSM, Késia Luana Barros Sales Borges, destaca com orgulho o percurso da criação do projeto-piloto até a implementação. “Maicom solicitou minha ajuda para poder implantar no HRSM. Montei o projeto de rastreabilidade, apresentamos para a diretoria e estamos iniciando por etapas”, detalhou.

Segundo a farmacêutica, a rastreabilidade é iniciada nos medicamentos; na segunda etapa, segue nos materiais hospitalares; e no fim do processo, realiza-se a medicação beira leito, na qual se completa o ciclo. “O ponto principal da rastreabilidade é a segurança do paciente. Nós estaremos garantindo a administração correta da medicação no paciente”, disse. “Para mim, é muito importante estar participando da implantação desse processo em um hospital da rede pública”, enfatizou.

Para o presidente do IgesDF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, o projeto-piloto é fundamental para gerar economicidade e fortalecer a segurança do paciente. “Um dos grandes projetos dessa atual gestão é o controle da cadeia de suprimentos dos hospitais e das Upas. É sabido que o gerenciamento dos insumos e medicamentos é fundamental para garantir maior economicidade e segurança ao nosso paciente. O HRSM ganha novo patamar de gestão com esse fantástico projeto. Agradeço à superintendente Eliane Abreu e toda sua equipe pelo engajamento. A nossa expectativa é que, muito brevemente, todos os hospitais e Upas da rede IgesDF estejam monitorados em tempo real”, elogiou.

Eliane Souza de Abreu, superintendente do HRSM, vê a rastreabilidade como fator primordial tanto na segurança do paciente quanto na redução de custos para o instituto. “Engrandece a gente ver os meninos trabalhando para entregar de fato a rastreabilidade porque a gente associa à segurança e à transparência”, destacou. ”Com muito respeito a outras gestões, vivemos um novo modelo, um modelo técnico e que apoia a gente nos interesses corporativos que precisamos entregar”, disse.

Os principais benefícios da implementação da rastreabilidade no hospital são a redução de custos, o aprimoramento do recall de medicamentos, a diminuição dos erros de dispensação, o controle de estoque, a otimização da segurança do paciente e a conformidade com a legislação.

*Com informações do IgesDF