Nesta sexta-feira (23), cerca de 6.200 mudas de espécies nativas do Cerrado estão sendo plantadas nas proximidades e no interior do Parque Ecológico Veredinha, em Brazlândia. Destas, 57 mudas foram cultivadas por estudantes do Centro de Ensino Fundamental 2 da cidade. O trabalho faz parte do projeto CITinova, da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal em parceria com o Instituto Brasília Ambiental e a Fundação Pró-Natureza (Funatura), apoiada pelo GEF, um fundo global para o meio ambiente. São R$ 500 mil de investimento no reflorestamento de áreas urbanas na região.
Kelly Mota Lima, professora de ciências que acompanhava o grupo, ressaltou a importância de os estudantes entenderem que a região é um grande berço de águas. “É importante para que eles coloquem em prática esse conhecimento da sala de aula aqui, sabendo que o local que eles moram é relevante para todo o Brasil. Se o Cerrado morre, todos os outros biomas morrem”, pontuou a educadora.
Marcelo Gonçalves, administrador de Brazlândia: “Somos a capital ecológica do DF, nós produzimos 65% da água que abastece o Distrito Federal e 67% dos hortifrútis também saem da nossa região”
Para o administrador de Brazlândia, Marcelo Gonçalves, é um momento de renovação importante da natureza da cidade, que tem 90 anos de história.
“Estamos felizes de receber essas equipes aqui hoje. Somos a capital ecológica do DF, nós produzimos 65% da água que abastece o Distrito Federal e 67% dos hortifrútis também saem da nossa região”, afirma o administrador.
A importância do Parque Ecológico Veredinha também está na nascente que ele abriga. O Córrego Veredinha abastece o lago de Brazlândia que, por sua vez, deságua no Descoberto.
De acordo com Bruna Sousa da Silva, representante do Brasília Ambiental, o projeto tem uma grande importância para as unidades de conservação, por trazer mais permeabilidade e ajudar na recuperação do Cerrado, que é o segundo maior bioma do país.
A subsecretária de Meio Ambiente, Márcia Fernandes Coura, destacou que o projeto foi desenvolvido em um período de crise hídrica no DF: “As ações feitas localmente contribuem para as ações globais de enfrentamento às mudanças do clima. Esse é o papel que a secretaria tem nesse momento, ajudando as regionais e várias cidades a trabalhar esses aspectos ambientais.”
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