23/06/2023 às 19:39, atualizado em 23/06/2023 às 20:25

Representantes do Crea e do mercado imobiliário visitam obra do Drenar DF

Profissionais conheceram o projeto que ampliará a capacidade de drenagem pluvial do Plano Piloto

Por Josiane Borges, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

As obras do Drenar DF vão resolver o problema histórico de alagamentos e enxurradas no Plano Piloto nos períodos chuvosos. Para que a população conheça e entenda a importância do projeto, semanalmente a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) tem promovido visitas técnicas nos canteiros com grupos de diversos segmentos da população. Nesta sexta-feira (23), foi a vez de representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF).

“É uma obra grandiosa, que as pessoas não estão sabendo que está passando toda por baixo da terra. Queremos informar a sociedade por meio desses multiplicadores. Hoje estamos com representantes de grandes empresas do mercado imobiliário e do Crea, que congrega os profissionais da engenharia. É uma forma de transparência ativa”Hamilton Lourenço, diretor técnico da Terracapdireita

Para o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço, a iniciativa procura apresentar para setores da sociedade a magnitude do trabalho iniciado pelo Governo do Distrito Federal (GDF). “É uma obra grandiosa, que as pessoas não estão sabendo que está passando toda por baixo da terra. Queremos informar a sociedade por meio desses multiplicadores. Hoje estamos com representantes de grandes empresas do mercado imobiliário e do Crea, que congrega os profissionais da engenharia. É uma forma de transparência ativa”, explica.

Para aqueles que não acompanham os serviços e estranham não visualizar nenhuma construção, o fato é que o sistema do Drenar DF utiliza a técnica tunnel liner, totalmente subterrânea, e a abertura dos túneis é manual, executada com pás e picaretas. O acesso é feito por poços de visita, abertos na superfície até que se alcance a profundidade necessária, que pode chegar a 22 metros. A partir deles, é feita a escavação das galerias de águas pluviais.

Um dos entusiastas com o trabalho era o engenheiro civil e conselheiro do Crea, Nilson Martorella, que elogiou a dimensão do Drenar-DF e a execução dos serviços. “É uma obra de grande vulto, que não podia mais ser adiada DF. Do ponto de vista da engenharia, é tudo muito moderno, produtivo e com uma capacidade tecnológica que não imaginava. Além de serem empresas bem preparadas e qualificadas que estão executando um excelente trabalho”, declara Martorella.

O presidente da Ademi, Eduardo Aroeira, acredita que o novo sistema de drenagem é um presente para a população do DF. “Como brasiliense, sempre tivemos orgulho de uma cidade planejada. E saber que agora um dos problemas mais graves da nossa cidade está finalmente sendo resolvido traz uma alegria imensa para o nosso coração”, diz.

Aroeira enfatiza, ainda, que o mercado de imóveis também se beneficiará com as melhorias. “Havia uma situação que gerava até risco de morte para os moradores da Asa Norte, que durante muitos anos tiveram seus imóveis desvalorizados. A obra trará uma valorização para essa região, que possibilitará às pessoas venderem seus imóveis por um preço melhor e ter a capacidade para comprar novos. E isso é importante para o mercado de todo o Distrito Federal, não só da Asa Norte”, completa o presidente da Ademi.

Mais de 2 km de tubulação escavada

O Drenar DF terá uma ampla rede de drenagem pluvial complementar ao sistema já existente na região do Plano Piloto. Com investimento de R$ 174 milhões, serão construídos 7,68 km de tubulação, divididos em cinco lotes e contratos. Deste total, mais de 2.091 km já foram escavados e 1.705 metros, concretados. Além disso, já foram perfurados 48 dos 101 poços de visita (PVs) previstos, sendo que 26 estão concluídos e 22 em andamento.

A nova tubulação, que gera mais de 350 emprego, parte das redondezas da Arena BRB Mané Garrincha, seguindo em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte, até chegar ao Lago Paranoá. Uma bacia de retenção está sendo construída ao final do percurso.

Representantes do Crea e do mercado imobiliário visitam obra do Drenar DF