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05/07/2023 às 16:19, atualizado em 06/07/2023 às 10:32
Alunos do programa trabalham no local desde abril deste ano. Próximos equipamentos reformados serão campo de areia e quadra poliesportiva
Palco de torneios de futebol, treinamentos esportivos e momentos de diversão da comunidade, o campo sintético do Varjão está sendo reformado pelo programa RenovaDF. O trabalho é feito por uma turma de mais de 100 alunos, divididos em duas turmas, desde abril deste ano.
Recomeços
O programa tem carga horária de quatro horas diárias distribuídas de segunda a sexta-feira e oferece um salário mínimo mensal, além de vale-transporte e lanche. “O RenovaDF também é uma grande rede de apoio social aos cidadãos mais vulneráveis”, enfatiza o secretário. “Já retirou mais de 400 pessoas da situação de rua e atendeu mais de 600 imigrantes, além de egressos do sistema penitenciário e mulheres da Casa Abrigo”, acrescenta.
Entre os alunos que estão reformando o campo sintético do Varjão, por exemplo, 30 são venezuelanos. Um deles é o jovem Yonaiker Ferrer, 23 anos, que chegou ao Brasil em 2018, sozinho. Morador de São Sebastião, ele conta que o RenovaDF é uma oportunidade única. “Estou aprendendo muitas coisas, que vão me ajudar a conseguir um bom emprego”, celebra. “Vou poder colocar no meu currículo que fiz um curso de Auxiliar de Manutenção e poderei concorrer às vagas nessa área, além de trabalhar por conta própria”.
Também venezuelana, a aluna Conny Veronica Farias, 29, encontrou no programa uma nova forma de sonhar. Ela veio para o país em 2019, grávida da filha mais nova. Atualmente, mora com o esposo e as filhas, de 7 e 3 anos, em São Sebastião. “Minha esperança é conseguir melhores condições de vida para elas. O que estou aprendendo aqui no programa, que será muito útil para o nosso futuro”, diz.
Outra aluna que acredita no incentivo proporcionado pelo programa é Aline Brito, 40. “Quando me inscrevi no RenovaDF, estava terminando um tratamento químico e preocupada como seria dali em diante. E desde o primeiro dia de curso, o que mais me impactou foi a forma como pessoas como eu são acolhidas”, revela. “Morei na rua, fui usuária de drogas – estou limpa há quase um ano -, e vi no programa a oportunidade para começar um caminho diferente”, conta ela, que pretende trabalhar na área de construção civil por conta própria.
As inscrições para novos ciclos do programa são divulgadas no site da Sedet.