10/07/2023 às 18:13

GDF vai investir R$ 60 milhões em equipamentos públicos para Água Quente

‌Criada em dezembro de 2022, região administrativa vai ganhar quatro escolas, unidade básica de saúde e outros espaços para atender os cerca de 35 mil moradores

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

Criada em dezembro de 2022, a Região Administrativa (RA) de Água Quente vai ganhar equipamentos públicos para ofertar a infraestrutura que os moradores tanto necessitam e pedem. Para a cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) prevê um investimento de R$ 60 milhões em equipamentos públicos de saúde, educação, segurança pública, lazer e assistência social.

“Estamos chegando com a infraestrutura. A região alcançou 35 mil pessoas e as demais condicionantes para se transformar numa região administrativa, como as condições socioeconômicas e a distância para outras regiões administrativas”José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governodireita

‌Os primeiros passos serão dados na educação, com a construção de quatro unidades para ofertar aulas do ensino infantil ao médio. O plano do governo é construir creche, jardim de infância, Escola Classe e Centro Educacional. Dessa forma, a região consegue eliminar os longos trajetos que os estudantes fazem hoje até o Recanto das Emas, a cidade mãe da RA recém-criada.

O plano inclui a construção de uma feira permanente, espaços para atendimento das polícias Civil e Militar, Unidade Básica de Saúde (UBS), praça e um Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

“As escolas são para eliminar o longo trajeto feito pelo transporte escolar. Faremos uma nova UBS, pois a que existe hoje é pequena, em uma área alugada, e não oferta toda a estrutura necessária. Também teremos uma feira, que hoje funciona de forma improvisada e que não é concedida pelo governo. Estamos levando a infraestrutura mínima para a cidade funcionar”, explica o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo.

Uma das regiões administrativas mais novas do DF, Água Quente possui cerca de 35 mil moradores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Segundo a coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres, a construção dessas unidades é essencial para desafogar a rede. “Trazemos de Água Quente para o Recanto das Emas um total de 831 estudantes, desde o primeiro ano do ensino fundamental até o médio. A construção dessas escolas é importante para ofertamos ensino mais próximo dos estudantes. Temos a expectativa da construção da creche, de uma escola de educação infantil, uma para atender anos iniciais do ensino fundamental e de um Centro Educacional (CED) para os anos finais do fundamental e ensino médio”, comenta.

‌A área para receber esses equipamentos tem 55 mil m² e está sendo desapropriada pela Agência de Desenvolvimento (Terracap). Na sequência, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) fará os projetos urbanísticos da região.

‌“É um grande avanço, porque nós estamos chegando com a infraestrutura. A região alcançou 35 mil pessoas e as demais condicionantes para se transformar numa região administrativa, como as condições socioeconômicas e a distância para outras regiões administrativas”, acrescentou o secretário de Governo.

‌Vale lembrar que, financeiramente, Água Quente ainda é vinculada ao Recanto das Emas. Sendo assim, depende das emendas parlamentares e recursos da Fonte 100 dirigidos a ela. Isso ocorre porque o orçamento de 2023 do DF foi definido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes da criação das novas regiões administrativas. Para o próximo ano, a LDO deve incluí-la e dar mais autonomia de atuação.