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20/07/2023 às 18:22, atualizado em 20/07/2023 às 18:29
Capacidade para receber crianças com risco iminente de morte será duplicada. Adequações físicas também aprimoram atendimento a adultos na “sala vermelha”
O Hospital Regional de Ceilândia (HRC) terá, até agosto, o dobro da capacidade para o atendimento de crianças em estado grave, com risco iminente de morte. Serão quatro leitos no boxe de emergência, com equipamentos e pessoal necessários para atender pacientes vítimas de acidentes, quedas ou violência, dentre outras situações. “A grande maioria são casos de doenças respiratórias graves”, conta a supervisora de pediatria do HRC, Carmem Delamar.
Sala vermelha
Os serviços de adequação no HRC envolvem ainda a “sala vermelha”, para onde são levados adolescentes, adultos e idosos em risco iminente de morte. Às melhorias nas redes elétrica, hidráulica e de gases, soma-se o reforço da climatização no local, uma medida necessária principalmente quando a capacidade máxima de cinco pacientes é atingida. “Usamos muitos monitores, então a sala esquenta demais, além da parte humana”, conta a supervisora da sala, Fernanda Angélica Paulino.
De acordo com a servidora, dependendo da situação, são necessários vários profissionais para dar assistência a um único paciente. “Já contei 20 pessoas para um atendimento, entre médicos, equipe de enfermagem, fisioterapeutas e do Samu, que permanecem enquanto há a estabilização”, relata.
As equipes fazem turnos de seis a 12 horas e, somente em junho, promoveram 125 atendimentos diversos, como casos de acidente vascular cerebral (AVC), parada cardiorrespiratória, intoxicação, picada de cobra, crise convulsiva, fraturas, acidentes de trânsito, perfuração por arma de fogo e arma branca, traumatismo craniano e pneumonia, dentre outras situações. “Na sala vermelha é onde conseguimos salvar vidas e muitas vezes saímos bem exaustos”, afirma.
Melhorias para pacientes e servidores
O diretor administrativo da Região Oeste de Saúde, Roberto Henrique M. Mendes, destaca que as melhorias têm sido possíveis graças aos contratos de manutenção regular assinados no ano passado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Adequações têm sido realizadas também em unidades básicas de saúde (UBSs) e no Hospital Regional de Brazlândia (inserido na mesma região).
Parte dos serviços envolvem avanços visíveis, como é o caso da pintura e da substituição de assoalhos, medidas necessárias para facilitar a limpeza. Também há adequações corretivas, como a modernização da parte elétrica, o que evita mau funcionamento de equipamentos e garante a disponibilidade dos leitos. Há, ainda, intervenções simples, mas que trazem ganhos no dia a dia das atividades, como as reformas dos armários onde ficam guardados os equipamentos. “São melhorias para a população e para os servidores”, afirma o administrador.
A supervisora da emergência pediátrica, Carmem Delamar, ressalta os serviços como um fator de motivação para quem atua nos locais. “Trabalhar em um ambiente que está todo adequado é bem diferente”, agradece.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF