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03/08/2023 às 15:32, atualizado em 03/08/2023 às 16:26
Cerca de 1,5 mil árvores serão substituídas por espécies nativas do Cerrado, conforme projeto original de Burle Marx
O Governo do Distrito Federal iniciou, na manhã desta quinta-feira (3), a supressão de 1.628 pinheiros dos estacionamentos 4 e 5 do Parque da Cidade. As equipes do Departamento de Parques e Jardins da Novacap trabalham em duas frentes: uma na área próxima ao restaurante Gibão e outra pela lateral da Hípica. A ação inicia o processo de retomada do projeto original do Parque da Cidade, elaborado pelo paisagista Roberto Burle Marx.
Os pinheiros do local têm mais de 40 anos. Por não serem nativos do Cerrado, têm uma vida útil menor e uma presença prejudicial ao ecossistema. Após a retirada, espécies típicas e outras adaptadas ao bioma do Distrito Federal serão plantadas no local.
A decisão foi tomada pelo grupo de trabalho composto pelas secretarias de Esporte e Lazer do DF (SEL) – que administra o Parque da Cidade – e de Cultura e Economia Criativa (Secec), além da Novacap, responsável pela supressão das árvores e futuro plantio, e do Instituto Brasília Ambiental, que elaborou o plano de manejo.
Para o secretário de Esporte e Lazer, Julio Cesar Ribeiro, o novo bosque viabilizará o espaço como ponto turístico. “Essa é uma força-tarefa de todo governo para garantir a segurança dos frequentadores do Parque da Cidade. Além disso, também queremos resgatar o projeto de Burle Marx, que preza pelo tombamento da área”, conclui.
“O GDF está tirando árvores exóticas, nocivas ao meio ambiente e ao tombamento, e está revitalizando um espaço de acordo com o planejamento original”Felipe Ramón, subsecretário de Patrimônio Culturalesquerda
O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec, Felipe Ramón, explica que a iniciativa visa trazer segurança para as pessoas e valorizar o projeto pioneiro do paisagista Burle Marx, falecido em 1994. “O GDF está tirando árvores exóticas, nocivas ao meio ambiente e ao tombamento, e está revitalizando um espaço de acordo com o planejamento original”, comenta. “[A iniciativa] vai garantir que a população do Distrito Federal tenha acesso ao projeto original da cidade. A nossa missão é preservar os moldes em que Brasília foi concebida. Isso passa também pelo paisagismo de Burle Marx nesse tipo de local”.
O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, reforça: “Estamos pensando além da segurança, na identidade única que nossa capital tem, com projetos de Burle Marx que poderemos resgatar neste momento.”
*Com informações da Novacap