19/08/2023 às 12:12, atualizado em 19/08/2023 às 13:42

UBS orienta mães sobre técnicas de amamentação e cuidados com os bebês

Nesta semana, unidade do Riacho Fundo II realizou atividades com instruções para estimular o aleitamento materno e facilitar a rotina das mães

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Orientações sobre o uso seguro de chás durante a amamentação, técnicas de massagem e ordenha, prática de alongamento, uso do sling – pedaço de tecido utilizado para carregar bebês junto ao corpo de um adulto – como estratégia de vinculação cuidador-bebê e a manobra de Heimlich, técnica utilizada em casos de engasgamento, foram algumas das atividades oferecidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Riacho Fundo II para as mães, nesta semana. A ação faz parte do Agosto Dourado, mês de conscientização sobre a importância do aleitamento materno no Brasil.

Mães foram ensinadas a usar o sling, uma faixa de amarração que adapta o corpo do adulto ao do bebê, reforçando o vínculo afetivo

A profissional lembra ainda que o tecido pode ser utilizado assim que a criança nasce e é utilizado até mesmo para sustentar o peso da barriga das gestantes. “É inspirado no método canguru para carregar os bebês prematuros, mas mesmo os que não são se beneficiam. Além disso, a mãe, por exemplo, pode ficar com as mãos livres para fazer outras atividades”, acrescenta.

Atividade física

Para combater o sedentarismo, foram ensinadas práticas de alongamento e uma dança adaptada com o sling. A fisioterapeuta Deborah Freitas revela que, no período de amamentação e cuidado dos filhos pequenos, boa parte das mulheres acaba abandonando a atividade física e adota um comportamento sedentário.

“Além de ter a sobrecarga de carregar o filho quase que o tempo todo, ainda há, às vezes, o receio de deixá-lo com alguém, pois o bebê é muito dependente. Então, elas param de fazer atividade física”, afirma Freitas.

A fisioterapeuta ressalta ainda que um dos objetivos dessas ações é resgatar a possibilidade de fazer atividade física mesmo tendo que ficar com o bebê no colo. “Um dos papéis do fisioterapeuta nesse contexto de aleitamento materno é ajudar com a postura para amamentar e observar se a ‘pegada’ está correta ou não. A gente entra melhorando a postura dessa mãe para que ela possa descobrir que amamentar é legal e não precisa ser dolorido”, completa a profissional.

Orientação

Izolda Pimentel, 33 anos, é mãe de três meninos. Atualmente, amamentando o terceiro filho, Jonas, de apenas dois meses, ela sofre com a mastite – inflamação mamária que pode ser causada pelo acúmulo de leite nas mamas ou por um bloqueio no ducto mamário (canal por onde o leite passa). Ela foi à UBS em busca de auxílio. “Eu tive esse problema de entupimento de ducto que não ocorreu com meus dois primeiros filhos e estou tendo muita dificuldade”, relata.

As mães que sofrem como Izolda podem buscar ajuda nas UBSs. A fonoaudióloga Ana Paula Abreu destaca que muitas mulheres buscam a unidade para esclarecimentos. “As mães chegam aqui com dúvidas, com seio rachado e mastite, por exemplo. Então, nós damos todo o auxílio que elas necessitam”, assegura.

No evento desta semana, as mães puderam ainda aprender mais sobre a técnica de massagem e ordenha. “A mastite pode ocorrer pela má extração do leite devido à falta dessa massagem e ordenha, por isso é tão importante que as mães saibam dessa manobra antes mesmo da amamentação. Nesse evento, ensinamos a fazer a massagem manual”, destaca a fonoaudióloga.

A UBS 5 do Riacho Fundo 2 distribuiu material informativo e frascos estéreis para coleta e doação de leite materno. Para mais informações sobre os Bancos de Leite Humano do DF, acesse o site do Amamenta Brasília.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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