30/08/2023 às 14:25, atualizado em 30/08/2023 às 17:15

Treinamentos reforçam cuidados em unidade hospitalar infantil do DF 

Tendo como foco o controle de transmissão de micro-organismos multirresistentes, HCB alerta para a importância de protocolos nas práticas das áreas assistenciais

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Palestras e treinamentos anuais promovidos pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) incentivam, entre os profissionais de saúde da unidade, o aprimoramento nas ações de prevenção e controle de transmissão de micro-organismos multirresistentes e precauções adicionais. 

A iniciativa visa fixar os protocolos necessários para evitar a transmissão de micro-organismos multirresistentes, do paciente para o cuidador, ou até mesmo a infecção cruzada, entre os pacientes internados.

“É reforçando esses cuidados e ensinamentos que a gente fica um pouco mais atento, podendo também explicar aos pacientes – pela nossa segurança e pela deles”, afirma a enfermeira Jéssica Gomes.

Combate às bactérias

Os micro-organismos multirresistentes são vírus e bactérias consideradas mais difíceis de serem combatidos por antibióticos de amplo espectro. Sua transmissão ocorre por meio do contato físico com o paciente ou com o ambiente próximo ao leito do mesmo. A criança que é diagnosticada como colonizada – que possui esses micro-organismos em sua flora – tem o risco aumentado para o desenvolvimento de infecções.

Micro-organismos são mais comuns em ambiente hospitalar, mas existem alguns que já estão presentes e sendo disseminados na comunidade. A enfermeira do Serviço de Controle de Infecção do HCB Nathalia Rodrigues alerta que isso pode ser resultado do uso indiscriminado de antibióticos. 

“Quanto mais eu utilizo determinado antibiótico sem prescrição, maior a resistência que aquele micro-organismo vai adquirir, porque vai ocorrendo uma seleção e vai desenvolvendo o perfil, juntando as enzimas e desenvolvendo resistência”, explica a profissional.

Precaução

Nathalia recomenda a higienização correta das mãos, tanto com água e sabão quanto com álcool gel – disponibilizado nos corredores do hospital. “Além disso, tem a utilização dos EPIs, que são os equipamentos de proteção individual, para cada precaução – luvas, capote, máscara, a depender da precaução designada ao paciente”, complementa.

“As precauções visam à segurança para o profissional e, consequentemente, para os pacientes”, resume a gerente da Linha de Cuidado do Paciente Crítico do HCB, Jessica Lima. “Estamos fortalecendo a parte educacional, com treinamentos curtos em várias turmas, para abranger toda a parte assistencial.”

*Com informações do HCB