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11/09/2023 às 19:00, atualizado em 11/09/2023 às 19:49
Cerca de 40% dos pacientes da neuropediatria da unidade sofrem com a doença. Ambulatório realiza 350 atendimentos todos os meses
A epilepsia, uma doença com múltiplas causas, pode ser geneticamente determinada quanto resultado de quadros como infecções do sistema nervoso central ou casos de zika ou toxoplasmose na gestação. Por ser muito comum em todo o mundo, a condição neurológica tem o 9 de setembro marcado como Dia Nacional e Latino-americano de Conscientização da Epilepsia. No Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), a doença é responsável por 40% dos atendimentos da neurologia. O Hospital é referência no tratamento de crianças com esse diagnóstico.O ambulatório realiza cerca de 350 atendimentos por mês.
“A epilepsia é uma condição neurológica das mais comuns; afeta cerca de 45 milhões de pessoas ao redor do mundo, em todas as faixas etárias, e é caracterizada por uma predisposição crônica do cérebro em produzir crises convulsivas”, explica a neurologista do HCB Maria Olívia Fernandes.
“Temos hoje um ambulatório de dieta cetogênica (pobre em carboidratos), que oferece tratamento para os pacientes com epilepsia fármaco resistente – a porcentagem de pacientes que não conseguem ficar livres de crises com o uso habituado das medicações”, conta Fernandes. O HCB se prepara, ainda, para realizar intervenções cirúrgicas nas crianças que tiverem indicação, visando mais qualidade de vida para os pacientes.
Datas de conscientização
Segundo o neurocientista e professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Li Li Min, o Brasil adotou o 9 de setembro em 2003, depois do I Encontro Nacional das Associações e Movimentos de Familiares Amigos da Epilepsia. “Além dessa data, temos o 26 de março, que é o Dia Mundial de Epilepsia (é o Dia do Roxo) e, mais recente, o Dia Internacional da Epilepsia, que é a segunda segunda-feira de fevereiro”, conta.
A neurologista do HCB Janaína Monteiro explica que a existência de datas específicas para conscientizar sobre a epilepsia ajuda a reduzir preconceitos sobre a doença. “São pacientes que são muito discriminados pela sociedade. Também serve para alertar quanto à importância do atendimento adequado dessas crianças, para que possam ter uma evolução mais favorável e melhor qualidade de vida”, esclarece a médica.
*Com informações do HCB