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24/09/2023 às 14:56, atualizado em 24/09/2023 às 16:03
Programa Caminho das Escolas já investiu aproximadamente R$ 26 milhões na pavimentação de quase 30 km de acessos, que deixam mais leve a rotina de pais, alunos e professores
Sair de casa para estudar não era uma tarefa fácil para a pequena Sophia Marcelino. Junto com seus colegas, a menina de 10 anos enfrentava uma verdadeira corrida de obstáculos para chegar à Escola Classe (EC) Estância Pipiripau, em Planaltina. Fosse no sol ou na chuva, de ônibus ou a pé, a estrada de terra que dava acesso ao colégio se mostrava difícil de ser vencida com algum conforto.
As ações do Caminho das Escolas são comandadas pelo DER-DF, que cuida do planejamento, do projeto e da execução das pavimentações em quase sua totalidade. “De todas as obras entregues até hoje, apenas uma foi licitada, por se tratar do asfaltamento de uma pista muito extensa”, afirma Fragassi. “No mais, todo trecho com até 2 km de comprimento é pavimentado por nós mesmos, com maquinário e mão de obra próprios.”
Fim dos problemas
A pista de terra que dava acesso à Escola Classe Estância Pipiripau podia parecer pequena aos olhos de quem está acostumado ao conforto do asfalto – apenas 1,5 km separava a DF-345 da instituição de ensino. O curto trecho, porém, trazia inúmeros transtornos não só para os 50 alunos da unidade, mas também para os funcionários e a comunidade local. Sua pavimentação, no valor de R$ 2,5 milhões, foi custeada por emendas parlamentares.
“Estou aqui há 26 anos e posso dizer que a realidade anterior ao asfalto era bastante precária”, garante Fernanda de Paiva, uma das professoras do colégio. “No período de chuva, a pista virava um atoleiro. Muitos professores precisavam deixar o carro no Acampamento 8 de Março e seguir para cá nos ônibus escolares, porque carro pequeno não conseguia passar. Às vezes, até o ônibus atolava”, relembra.
Mais do que oferecer conforto aos frequentadores do colégio, Fernanda ressalta que o asfalto influencia diretamente no rendimento das crianças e dos docentes. “Agora, os alunos chegam à escola com mais disponibilidade para aprender. E nós, com mais vontade de ensinar”, observa a professora. “Se o acesso à escola é difícil, a rotina fica mais pesada para todos.”
A estudante Yasmin Gomes, 9 anos, não gosta nem de lembrar da estrada de terra que enfrentava para chegar à EC Estância Pipiripau. “O caminho era bem difícil. Quando o ônibus passava levantando terra, não tinha jeito… Ficava tudo sujo. A gente precisava sentar no banco todo empoeirado”, conta. “Agora está superbom. A gente chega até mais rápido à escola”, resume.