25/09/2023 às 16:23

Centros especializados compõem rede de cuidados de saúde para PcD

Para ofertar atendimento integral e contínuo, serviços consideram as especificidades e necessidades de cada paciente

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

“É difícil para todas as famílias. É difícil desde a hora em que você sai de casa com uma cadeira desse tamanho. É tudo muito desafiador”. Mesmo com o desabafo, antes das 7h, Simone Aparecida Reis, 49 anos, já acompanhava o filho no centro cirúrgico do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Ela é mãe de Gabriel Reis, 25 anos, jovem com paralisia cerebral desde o nascimento.

Apesar do serviço particular de cuidados em casa, é no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do HRT que Gabriel tem acompanhamento odontológico desde os 13 anos de idade, após ter sido encaminhado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Vicente Pires. “Na rede particular, a gente não encontra profissionais para fazer esse acompanhamento especializado”, conta Simone.

A SES conta com rede de cuidados à pessoa com deficiência que inclui serviços ofertados nos Centros Especializados em Reabilitação, Centros de Especialidades Odontológicas, oficinas ortopédicas e outros | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF

A Rede de Cuidados a PcD (RCPCD) organiza a assistência nos três níveis de atenção: nas UBSs, nos ambulatórios e nos hospitais. Entre os serviços ofertados estão os Centros Especializados em Reabilitação (CER), presentes em Taguatinga, no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) e no Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal); os CEOs; as oficinas ortopédicas; os ambulatórios de saúde funcional e de estomias; o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown); as unidades de saúde hospitalares com leitos de reabilitação e de cuidados prolongados; na atenção domiciliar; e nas urgências e emergências.

“O que a secretaria busca é ampliar o acesso e o número de serviços ofertados, qualificar profissionais, melhorar o atendimento e sensibilizar as equipes para que saibam que o manejo desses pacientes deve identificar as necessidades dele junto à deficiência”Camila Medeiros, gerente de Serviços de Saúde Funcionaldireita

Para garantir o atendimento integral e contínuo, a assistência da Secretaria de Saúde funciona de modo articulado, como pontua a gerente de Serviços de Saúde Funcional e coordenadora do grupo condutor da RCPCD, Camila Medeiros. “Temos ações para organizar os serviços nessa rede. O que a secretaria busca é ampliar o acesso e o número de serviços ofertados, qualificar profissionais, melhorar o atendimento e sensibilizar as equipes para que saibam que o manejo desses pacientes deve identificar as necessidades dele junto à deficiência”, explica.

O que fazer?

O primeiro passo a ser feito, em caso de suspeita ou diagnóstico de alguma deficiência, é procurar a UBS de referência. A unidade realizará o atendimento e encaminhamentos necessários. Além disso, visando ao diagnóstico precoce de alguma deficiência, são realizados nas maternidades da rede os testes do pezinho, olhinho, orelhinha e coração (triagem neonatal).

Pessoas com enfermidades crônicas, como vasculares, diabetes e hipertensão, também devem ficar atentas. “A população com essas doenças precisa ser acompanhada e tratada, pois casos desses tipos podem desencadear alguma deficiência”, argumenta a gerente.

Outras informações e serviços sobre a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES-DF aqui.

*Com informações da Secretaria de Saúde