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19/10/2023 às 18:57, atualizado em 19/10/2023 às 19:06
Criada há 27 anos, a Rede Feminina de Combate ao Câncer atua com 41 serviços assistenciais, como oficina de perucas, salão de beleza e doação de mantimentos
O papel da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC), instalada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), é acolher os pacientes, principalmente as mulheres, em tratamento no sistema público. “Não existe algo que ajude mais a cabeça do paciente oncológico do que ter alguém ao lado. A pessoa se sente acolhida, percebe que não está só na luta”, explica a coordenadora-geral da RFCC, Vera da Silva.
O projeto solidário nasceu para complementar o tratamento oferecido pela unidade de saúde. O acolhimento é o trabalho principal da rede ofertado na casa de apoio, nas visitas ao leito e domiciliares – apelidadas de Beija Flor e Ombro Amigo – e nos grupos, como o Fênix Rosa.
Projetos da rede
Além do acolhimento, o projeto conta com doações de mantimentos, desde cesta básica até próteses mamárias externas e perucas. O objetivo é que as pacientes – que costumam ser arrimo de família – tenham acesso a itens básicos, garantindo dignidade e auxiliando na retomada da autoestima, muitas vezes perdida durante todo o processo que envolve a doença.
“O câncer é muito complicado, mas a rede feminina consegue devolver o sorriso para essas mulheres. Nós fazemos esse trabalho com muito amor e muita dedicação, sendo uma segunda família para elas”, admite a voluntária Maura França Costa.
Cabeleireira, ela atua voluntariamente na coordenação do Salão Rosa Solidário inaugurado em 2020 na sede da RFCC. O projeto se junta ao banco e à oficina de perucas auxiliando as pacientes acometidas por alopecia (queda dos cabelos ou dos pelos), sintoma do tratamento de câncer. “Atendemos tanto os pacientes acamados com agendamento nas enfermarias como os pacientes que vêm até o salão. Todos eles precisam do nosso amor e do nosso cuidado”, afirma Maura.
A oncologista clínica do HBDF Mirian Cristina da Silva diz que os grupos exercem uma função muito importante para as pacientes. “Na verdade, essas pacientes se incentivam mais para poder realizar o tratamento quanto têm uma rede de apoio. Como médica, vejo que funciona mesmo”, comenta.
Voluntário e doação
Qualquer pessoa acima de 18 anos pode atuar como voluntária. “Sempre digo que todo mundo tem alguma coisa para doar, nem que seja um olhar. Temos voluntários aqui de 18 anos a 87 anos”, diz a coordenadora-geral Vera da Silva.
Todos os voluntários passam por um treinamento antes de atuar diretamente com os pacientes. “Fazemos a capacitação duas vezes por ano orientando como vai ser o comportamento do voluntário. Ele também vai passando por cada um dos setores até ver o que se identificou mais”, conta Vera da Silva.
Para ser voluntário ou fazer alguma doação, basta entrar em contato com a Rede Feminina de Combate ao Câncer pelo site, direto no Hospital de Base ou pelos telefones 3364-5467 ou 98421-7268.