31/10/2023 às 16:03

Novo processo seletivo para residência médica tem 533 vagas

O período de inscrição será de 13 a 17 de novembro; edital divulgado conta com reserva para pessoas pretas, com deficiência e indígenas

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Um dos processos seletivos mais aguardados por médicos do Distrito Federal e de outras cidades teve o edital divulgado nesta segunda-feira (30), com oferta de 533 vagas. A oportunidade é para ingresso em um dos 120 programas de residência médica desenvolvidos em hospitais, na Atenção Primária e em demais cenários de prática da Secretaria de Saúde do DF (SES).

A Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) são as instituições formadoras responsáveis pelos programas, custeados pela SES. Este ano, o processo seletivo está a cargo do Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), que vai elaborar a prova objetiva e realizar a avaliação curricular dos candidatos.

Com o objetivo de tornar a competição mais igualitária, o edital conta com reserva de vagas para pessoas pretas, com deficiência e indígenas. O número reservado é de acordo com as chances de cada programa e faz parte das ações afirmativas destinadas às residências médicas.

Inscrições e fases

As 533 vagas ofertadas estão divididas em inúmeras especialidades e áreas de atuação, sob a coordenação da Comissão de Residência Médica (Coreme) de cada região de saúde, que distribui as chances em hospitais específicos e na Atenção Primária. No ato da inscrição, o candidato deve indicar o programa de interesse e observar os pré-requisitos necessários. Além disso, é preciso pagar a taxa estabelecida no edital, com valor de R$ 149.

Programa de apoio às residências de medicina da família e comunidade oferece uma bolsa complementaresquerda

Há duas fases de avaliação. Na primeira, o candidato é submetido a uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório; posteriormente, fica sujeito à análise curricular, que tem caráter apenas classificatório. Na segunda fase, é possível escolher o cenário de ensino em que deseja desempenhar a maior parte da carga horária das atividades do programa.

“A residência é uma pós-graduação lato sensu, e cada programa tem sua carga horária e tempo de duração específico”, esclarece a coordenadora dos cursos de pós-graduação lato sensu e extensão da Escs, Vanessa Dalva Guimarães.  O período de inscrição para o processo seletivo será de 13 a 17 de novembro, no site do Iades. A prova objetiva está prevista para 16 de dezembro.

Entre as novidades do processo seletivo deste ano, estão o programa de medicina do sono, ligado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), e o programa de apoio às residências de medicina de família e comunidade. Este último, informa Vanessa, oferece uma bolsa complementar, além da bolsa da residência, a quem optar por assumir uma equipe de Estratégia de Saúde da Família (eSF).

Bolsas ofertadas

Aqueles que tiverem êxito no processo seletivo vão receber a quantia de R$ 4.106,09 (bolsa-residência), além do pagamento mensal de auxílio-moradia no valor de R$ 1.231,82.

Os candidatos que escolherem o programa de apoio às residências de medicina de família e comunidade serão contemplados com uma bolsa complementar, de R$ 7.536, por se tratar de um programa prioritário para a SES.

No âmbito do programa de residência médica em medicina de família e comunidade, também há vagas disponibilizadas pela Escola de Governo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Brasília), por meio de Termo de Cooperação Técnica. “Já existe uma parceria educacional, pedagógica e no compartilhamento dos cenários de prática; e, finalmente, as vagas foram ofertadas em um único edital”, explica Vanessa.

Especialização

“A residência oferece a oportunidade para que o médico se torne especialista dentro de um cenário onde ele vai desenvolver inúmeras competências, como é o cenário do SUS”, ressalta a coordenadora de cursos de pós-graduação lato sensu e extensão da Escs.  

Acompanhados e orientados por preceptores nos cenários de ensino, os residentes vão construir estratégias para vencer as dificuldades que existem no SUS. Essa modalidade de formação, que ocorre com supervisão, é considerada padrão ouro, tanto pela carga horária quanto pela imersão no cenário.

Muitos médicos decidem, após a especialização, ingressar na rede pública de saúde por meio de concurso. “Esperamos cumprir com excelência nossa missão pedagógica junto aos programas de residência”, afirma Vanessa Guimarães. 

*Com informações da Fepecs