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09/11/2023 às 08:05, atualizado em 09/11/2023 às 09:30
Como uma escultura doada pelo governo da França foi renegada por Lucio Costa e abraçada pelos moradores de Santa Maria
Quem já passou pela Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek, na altura de Santa Maria, provavelmente viu a escultura de 16 metros de altura que se localiza à margem leste da BR-040, à direita da entrada para o Distrito Federal. É o monumento Solarius, uma estrutura de aço com chapas galvanizadas, lã de vidro e produtos plásticos. Mas o ponto turístico é mais conhecido como “Chifrudo”, pelo formato pontiagudo no topo da estátua.
Diferentemente do imaginário popular, as formas representadas na escultura não têm ligação com um chifre, mas com o movimento migratório dos brasileiros para a capital. Ferramentas como a foice e o facão aparecem na peça como representação do candango desbravando Brasília. O monumento também é conhecido como “Pioneiros Candangos”.
Segundo as negociações iniciais, a obra deveria ficar em frente à Torre de TV, que também estava prestes a ser inaugurada. No entanto, Lucio Costa, arquiteto responsável pelo traçado de Brasília e da Torre, achou o monumento muito estranho e sugeriu que fosse colocado em algum ponto mais distante.
Educadamente, ele disse aos franceses que a estátua ficaria melhor na entrada da cidade, para que pudesse ser admirada pelos que chegassem à capital de carro. Atrás do monumento fica um acesso para o Córrego Saia Velha.
Monumento movimentado
Alguns dos moradores mais antigos da cidade ainda tentam interpretá-la, chegando às mais diversas conclusões. O radialista Eurides José de Jesus, conhecido como Brutão, chegou a Santa Maria em 22 de fevereiro de 1990, no primeiro ônibus que trazia os assentados para a região. Hoje com 61 anos, Eurides diz que o monumento já estava ali em sua chegada, sendo mais antigo que a própria cidade.
“Esse monumento é muito bacana; muito inspirado, o artista francês que mandou pra nós de presente. Isso aqui é uma referência em Santa Maria. Quem fala dele, leva pro lado da brincadeira. O pessoal passa e fala: ‘mas o que é isso?’ Eu mesmo, até hoje fico olhando pra ele assim, tentando identificar. Parece que tem um camarada aqui pedindo uma noiva em casamento; parece também um Ovni… E dali para lá parece uma garça comendo alguma coisa no chão, indo para o Saia Velha, que é caminho…”, diverte-se Eurides.