19/11/2023 às 16:22

Nova estratégia de monitoramento leva vacinas à população mais vulnerável

Objetivo da Secretaria de Saúde é avaliar a situação vacinal e traçar métodos mais eficazes para melhorar o acesso em todo o DF

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Como parte da estratégia de vacinação em ações externas, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde (MS), criou o Monitoramento Rápido de Vacinação (MRV). A iniciativa consiste em averiguar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos por meio do processo de busca em campo de indivíduos vacinados e não vacinados.

Nas visitas às residências do território monitorado, equipes de saúde avaliam a caderneta de vacina de crianças e adolescentes menores de 15 anos

De porta em porta

O MRV teve início em 14 de outubro e ocorre simultaneamente em todas as sete regiões de saúde. A UBS 1 de São Sebastião é uma das unidades sorteadas para fazer o monitoramento. Em uma das visitas ao local conhecido como Baia dos Carroceiros, uma área de grande vulnerabilidade social na região administrativa, a equipe encontrou rapidamente duas casas em que as crianças não haviam sido vacinadas. Imediatamente, o procedimento foi adotado.

“Essa é uma oportunidade de conversar com a população, que muitas vezes não tem conhecimento dos serviços que temos disponíveis. Essas visitas ajudam na ampliação da cobertura vacinal e esclarecem dúvidas”, avalia a agente comunitária de saúde Juceli Matias.

Na casa de Edivânia Alves, de 42 anos, duas crianças estavam com esquema vacinal atrasado. Por isso, seu filho Enzo, de 5 anos, e a neta Ághata, de 2, receberam a vacina contra influenza (gripe). “Não esperava ter atendimento em casa, mas ansiava por isso. Assim, vemos que estamos seguros, pois [a Saúde] está aqui. Estou bastante satisfeita.”

Quem também aproveitou a oportunidade para imunizar dois dos três filhos foi a dona de casa Carolina Pereira, de 23 anos. O pequeno Heitor estava com as vacinas indicadas aos 12 meses atrasadas e, por isso, tomou quatro de uma única vez. Já Ana Klara, de 8 anos, recebeu uma dose da vacina contra gripe. “Tenho minhas crianças e não consigo ir sempre ao posto de saúde. Vindo em casa é bem melhor e facilita nossa vida”, avalia a mãe.

De acordo com a enfermeira Flávia Rodrigues, que atua na UBS 1 de São Sebastião, as áreas mais vulneráveis são as que possuem mais crianças e gestantes e costumam ter atraso na caderneta de vacina. “O Monitoramento Rápido de Vacinação ajuda muito, pois levamos os imunizantes até a casa da pessoa, e, se o adulto estiver com atraso, também ofertamos as vacinas”, destaca.

*Com informações da SES-DF