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29/11/2023 às 16:05
Iniciativa idealizada pelo Sebrae Nacional em parceria com as secretarias estaduais de educação completa 10 anos
Ensinar a empreender é dar as ferramentas certas para que as pessoas consigam planejar suas vidas. A aprendizagem começa na escola. Este é o princípio do Programa de Educação Empreendedora (PNEE), idealização do Sebrae Nacional em parceria com as secretarias estudais de educação de todo o país. No DF, 422 mil estudantes e 12.864 professores da rede pública participaram de ações voltadas para o empreendedorismo por meio de formações, oficinas, mentorias, encontros, fóruns, gincanas, feiras, entre outras ações e eventos promovidos pelo Sebrae.
A superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha, exaltou a participação do Distrito Federal no projeto. “É uma alegria estar aqui comemorando esses 10 anos de educação empreendedora. Hoje temos mais de 400 mil alunos de escolas públicas e privadas passando pelo programa. São números que enchem nosso coração de alegria e essa parceria só seria possível com a participação ativa da Secretaria de Educação”, diz.
“É uma gratidão enorme poder fazer parte desse encontro promovido unicamente em prol da educação. Temos histórias parecidas, passagens pela educação semelhantes e somos também a prova de que a educação salva e muda a vida das pessoas”Emicida, cantoresquerda
A professora Jucimara Botelho, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 25 de Ceilândia, conta como o PNEE influencia na aprendizagem dos estudantes. “O aluno vem de uma perspectiva de que tudo é muito fácil, tudo vem prontinho para a gente, né? E, na realidade, ele tem que construir, buscar esse conhecimento, ter um norte a seguir e é isso que o projeto trabalha: o planejamento de como esse aluno deve seguir para ser um empreendedor de sucesso”, explica a professora. O programa vem sendo executado na escola desde o segundo bimestre por meio do projeto Jovens Empreendedores e, atualmente, atende cerca de 800 alunos dos 8º e 9º anos da escola.
Bianca Souza Martins, 15 anos, foi com a turma no evento e exemplificou como o projeto funciona na prática. “A gente precisou montar uma empresa de maçã do amor e pipoca. Arrecadamos dinheiro e investimos na compra de mais material, como luvas e protetor de cabelo, foi bem divertido”, conta a aluna do 9º ano. “O legal é que, depois de ter participado dessas atividades, eu fiquei com mais vontade ainda de montar minha clínica veterinária”, finaliza.
Uma década de sonhos
O PNEE tem o objetivo de acentuar projetos de pessoas inconformadas com suas realidades, desenvolvendo suas competências empreendedoras. Para abordar a temática, o evento contou com a participação de artistas convidados como o cantor e compositor Emicida, que falou sobre a jornada dele como estudante e como isso impactou os projetos dele, o sucesso pessoal e profissional; do cantor Criolo e sua mãe, dona Vilani, abordando a importância do educador no desenvolvimento intelectual e humano dos estudantes; do rapper MV Bill e da jornalista e presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Kalyne Lima, que destacaram o porquê de se dedicarem a projetos sociais que fazem a diferença na educação do Brasil, com exemplos práticos e reais.
“É uma gratidão enorme poder fazer parte desse encontro promovido unicamente em prol da educação. Temos histórias parecidas, passagens pela educação semelhantes e somos também a prova de que a educação salva e muda a vida das pessoas. Quero ressaltar que existe um sistema que não faz muita questão de nos ver no pódio, mas podemos mudar isso e a educação é o caminho”, disse Emicida.
Criado em 2013 pelo Sebrae, o Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE) já alcançou 97% dos municípios brasileiros, com 13,5 milhões de atendimentos a alunos e mais de 1 milhão de professores assistidos, com ações que oferecem formação e capacitação, com ferramentas e metodologias pedagógicas específicas. Depois da aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação empreendedora ganhou força no ensino brasileiro, uma vez que o desenvolvimento de competências empreendedoras está alinhado às novas diretrizes da educação no país, sendo conteúdo transversal no documento.
*Com informações da SEEDF