05/12/2023 às 11:16

Contratos de cirurgias eletivas já beneficiaram mais de três mil pacientes

Iniciativa da Secretaria de Saúde agiliza atendimento a usuários que aguardam nas listas de espera. Expectativa é contratar até 25 mil procedimentos

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Este fim de ano vai ser mais alegre na casa do avô do Levi. Com um neto esbanjando energia, acompanhar o ritmo nas brincadeiras estava especialmente difícil para Ricardo Pereira. Aos 53 anos, o vigilante, morador de São Sebastião, vivia com as dores causadas pelas varizes nas pernas. Desde o nascimento de Levi, dois anos atrás, Ricardo aguardava pela cirurgia. A espera acabou no início deste mês, quando se tornou um dos mais de três mil pacientes já beneficiados por meio dos contratos da Secretaria de Saúde (SES-DF) com a rede complementar.

Somando os editais realizados a partir de 2022, são 10 mil cirurgias eletivas contratadas na rede complementar | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde-DF

A contratação de hospitais da rede complementar voltada aos procedimentos de varizes é só uma parte da estratégia para reduzir as listas de espera da rede. Em outubro de 2022, a SES-DF firmou os primeiros contratos que possibilitaram a realização de 2.384 cirurgias eletivas, abrangendo hérnias, remoções de úteros e vesículas. A segunda fase da força-tarefa teve início no fim de maio de 2023, contemplando 849 procedimentos.

Em julho, novos editais de credenciamento foram lançados para a contratação de mais 7 mil procedimentos nas áreas de coloproctologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, urologia, varizes e tireoide. Somando os editais realizados a partir de 2022, são 10 mil cirurgias eletivas contratadas na rede complementar. Mais de três mil já foram realizadas.

“Com os procedimentos contratados, vamos assistir a praticamente todos os pacientes em espera. Nossa rede continuará a realizar os serviços, mas, neste momento, esse reforço da rede complementar será fundamental para atender a uma demanda reprimida que cresceu durante a fase mais crítica da pandemia de covid-19”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Os usuários são encaminhados de acordo com a lista de espera, com base na avaliação da gravidade e do tempo em que está aguardando. A porta de entrada ao serviço continua a ser a rede de unidades básicas de saúde (UBSs), onde é realizado o início do tratamento e o direcionamento aos exames preparatórios. “Pacientes de baixa e média complexidade podem ser operados por meio de contratos com a rede complementar. Já os de alta complexidade, como os oncológicos, são atendidos nos próprios hospitais da rede”, detalha a gestora.

Os números devem ir além. Com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF), do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, do governo federal, e de emendas parlamentares de deputados distritais, federais e senadores, a SES-DF terá R$ 25,3 milhões para investir na contratação da rede complementar. A expectativa é realizar até 25 mil cirurgias eletivas por meio de editais de credenciamento, reduzindo as listas de espera em mais de 90%.

*Com informações da Secretaria de Saúde