18/12/2023 às 17:33

Vigilância socioassistencial qualifica atendimento à população vulnerável

Plano de ação da Sedes foi apresentado nesta segunda-feira (18); DF será dividido em oito macrorregiões de desenvolvimento social

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) vai implementar no próximo ano um plano de vigilância socioassistencial para monitorar e avaliar as demandas das regiões administrativas do DF, em especial das áreas de maior vulnerabilidade social.

Formado por 24 servidores, um grupo de trabalho criado para formular a estratégia apresentou o plano nesta segunda-feira (18), quando foi anunciada também a criação de uma área técnica específica da Sedes para fazer esse controle.

O objetivo é analisar os dados das regiões de desenvolvimento social para fazer um diagnóstico socioterritorial, saber o que as comunidades precisam, quais políticas públicas são necessárias e como aprimorar o atendimento já oferecido pela rede de proteção social do DF. A vigilância socioassistencial nas regiões do DF será dividida em oito macrorregiões.

“Quando verificamos os dados e chegamos à conclusão de que um usuário demora mais tempo do que deveria para receber um benefício socioassistencial, damos a oportunidade de a gestão fazer planejamento e mudar o fluxo de trabalho para que esse tempo diminua” Wendell Lima, coordenador do grupo de trabalho de vigilância socioassistencial da Sedes esquerda

Segundo o coordenador do grupo de trabalho da vigilância socioassistencial da Sedes, Wendell Lima, foram apresentadas no relatório oito linhas de ações a serem empreendidas nos próximos anos. “Entre elas, eu destaco a implementação dos núcleos de região de desenvolvimento social, que têm por objetivo olhar o território com cuidado, adotar ações estratégicas direcionadas”, adianta.

Pesquisa e monitoramento

O gestor enumera os demais pontos em destaque: “A vigilância vai trabalhar com pesquisas. Aqui na Sedes temos muitos dados a serem trabalhados, a exemplo dos levantamentos sobre população em situação de rua. A ideia é trabalhar esses dados de forma analítica, metodológica, fundamentada. Na prática, vamos trabalhar com as pesquisas e, depois, com monitoramento”. 

O plano de vigilância socioassistencial terá vigência de dois anos. A estratégia vai viabilizar a implementação de políticas públicas mais efetivas, que atendam as particularidades e demandas de cada região.  “Quando verificamos os dados e chegamos à conclusão de que um usuário demora mais tempo do que deveria para receber um benefício socioassistencial, damos a oportunidade de a gestão fazer planejamento e mudar o fluxo de trabalho para que esse tempo diminua – o cidadão recebe um atendimento mais qualificado”, reforça Wendell Lima. 

Prevista na legislação que rege o Sistema Único de Assistência Social (Suas), a vigilância socioassistencial visa analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e a ocorrência de vulnerabilidades, ameaças e danos. “Sempre digo que um bom gestor é aquele que trabalha com base em dados para encarar o desafio”, aponta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Tenho muito orgulho de estar colaborando com os servidores para estruturar essa política de assistência social, para que não haja retrocessos no futuro, para que possamos fortalecer cada vez mais o Suas no DF”.

Divisão do planejamento

A partir de uma análise técnica das dinâmicas territoriais, bem como ordenamento, planejamento e gestão da política socioassistencial, o agrupamento das regiões de desenvolvimento social fica estabelecido no seguinte  formato:

→ Região Central: Plano Piloto, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Lago Sul, Lago Norte e Varjão;

→ Região Centro-Oeste: Vicente Pires, Taguatinga, Águas Claras e Arniqueira;

→ Região Centro-Sul: SIA, SCIA-Estrutural, Núcleo Bandeirante, Park Way, Guará e Candangolândia;

→ Região Leste: São Sebastião, Jardim Botânico, Itapoã e Paranoá;

→ Região Norte: Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina;

→ Região Oeste: Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Brazlândia;

→ Região Sudoeste: Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II e Água Quente;

→ Região Sul: Gama e Santa Maria.

*Com informações da Sedes