09/01/2024 às 07:53

Dengue: entenda sobre a doença, os sintomas e o tratamento

Período chuvoso alerta para aumento de casos. Agravamento do quadro pode trazer sérias consequências

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

O período chuvoso no Distrito Federal começou e é preciso redobrar a atenção com os possíveis criadouros do mosquito da dengue – Aedes Aegypti -, que se reproduz em depósitos de água parada. Com o aumento da chance de disseminação da doença, a população precisa estar atenta aos sintomas, pois o agravamento do quadro pode trazer graves consequências.

A dengue é uma arbovirose urbana transmitida pela picada da fêmea do Aedes Aegypti. Há quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e, no momento, ainda não há medicamentos específicos para o vírus. A melhor forma de combate tem sido a prevenção, por meio da eliminação das condições de reprodução do mosquito, mantendo o espaço sempre limpo e sem possíveis acúmulos de água.

Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Brazlândia e Taguatinga concentraram 41,7% dos casos prováveis de dengue no DF

Os principais sintomas são febre alta (acima de 38ºC); dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

De acordo com Aires, é preciso procurar uma unidade de saúde a qualquer sinal de febre, principalmente se a pessoa estiver em locais com alto número de casos da doença, e buscar orientação médica.

“Aqueles que já foram avaliados e medicados, devem retornar para nova avaliação, principalmente, se observar piora dos sintomas”, afirma.

A pessoa com suspeita de dengue não deve se automedicar, pois há medicamentos que acarretam a piora do quadrodireita

Quando a doença se apresenta com sinais de alarme, os sintomas apresentados são: dores fortes na barriga; vômitos persistentes; sangramentos no nariz, boca ou fezes; tonturas e/ou muito cansaço. Já a dengue grave, se caracteriza por extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e até à morte.

Mulheres grávidas, crianças e idosos têm mais chances de desenvolver complicações. Os riscos aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos.

Tratamento

Como não há medicamento próprio para o combate ao vírus, o principal tratamento para a dengue é a hidratação correta, calculada de acordo com o peso. Para aliviar os sintomas, é necessário a prescrição de anti-inflamatórios, além de repouso, tudo com o devido acompanhamento médico.

A pessoa com suspeita de dengue não deve se automedicar, pois há medicamentos que acarretam a piora do quadro, como os salicilatos (AAS, por exemplo). Os anti-inflamatórios não hormonais – cetoprofeno, ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida e outros – e as drogas com potencial hemorrágico também não devem ser utilizadas.

“Caso esteja com sintomas de dengue e utilize AAS todos os dias, procure orientação em uma unidade de saúde para saber se deve continuar tomando a medicação”, orienta o especialista.

Na maioria dos casos leves, a dengue tem cura espontânea após 10 dias.

Atendimento

O usuário precisa buscar a unidade básica de saúde (UBS) de referência, porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). É possível encontrar a UBS de referência por meio do site InfoSaúde, adicionando o Código de Endereçamento Postal (CEP).

Para casos graves, nos quais as pessoas apresentem sinais de alarme, recomenda-se buscar atendimento em unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais regionais.

*Com informações da Secretaria de Saúde