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22/01/2024 às 19:24, atualizado em 22/01/2024 às 19:44
Estrutura montada para o Cyber Open ficará disponível mesmo após o fim do evento para que a população usufrua de equipamentos de última geração
A Biblioteca Nacional de Brasília já está pronta para receber o torneio de jogos eletrônicos que reuniu cerca de 8 mil gamers em todas as fases iniciais e avançadas. A etapa presencial do 2º Aberto FBDEL (Cyber Open) ocorre entre esta quarta-feira (24) e o próximo domingo (28) e vai levar os finalistas para competir em um dos cartões-postais da capital.
O estudante Jonas Borges, 24 anos, celebra a importância da acessibilidade que o espaço proporciona. “Acaba tendo que ter bastante dinheiro para montar um equipamento que tenha compatibilidade para ser competitivo com outros jogadores porque quanto melhor a sua máquina, melhor o seu jogo. Então, quando você tem um espaço que você tem acesso a isso, você acaba encontrando até novos talentos, pessoas que têm essa habilidade para jogar, mas que não teriam a condição de ter um equipamento que vai auxiliar. Além disso, é bom você saber que tem um lugar onde você segue repousar e se virar a cabeça e dar uma distraída também”, observa.
Presidente da FBDEL, Arthur Jerônimo destaca a importância de trazer a modalidade gamer para o debate e desenvolvimento da sociedade, por já ser uma modalidade esportiva reconhecida por lei no Distrito Federal. “Todos nós estamos ambientados com o videogame, não tem jeito mais de fugir disso. Então é usar essa ferramenta de atração para poder profissionalizar mais ainda as pessoas, dar possibilidades de evolução de vida para quem quer realmente ir para esse cenário do esporte eletrônico”, afirma ele.
Leandro Prudente, 32, já foi jogador profissional na área gamer. Atualmente ele é psicólogo do e-sports e explica que a categoria oferece um leque de possibilidades – desde desenvolvimento de games e jogos competitivos até staff e organização, que engloba o cuidado com os atletas por meio de profissionais das áreas da saúde e direito dos esportes.
“Jogos, hoje, não são apenas entretenimento. Podem virar uma carreira e você pode viver disso”, detalha. Leandro faz um convite aos que não conhecem a área para participar da semana de competições: “Dá para trazer a família, ver como são essas questões de competição. Os pais que quiserem entender um pouquinho desse mundo podem vir que a gente explica como é possível construir uma carreira nos e-sports”, ressalta o psicólogo.
O jovem estudante Mateus Atos Pinheiro, 13, sempre gostou de jogar as modalidades de PS3 e Xbox. Para ele, o momento vai além de descanso e conforto, podendo ser uma ferramenta de educação.
“Tem vários jogos com mecanismos para educação, como o Minecraft, que tem modos de aula que alguns estados já procuram usar com os alunos porque vários alunos só focam em jogo. Precisa ter uma rotina boa, horários certos pra jogar. E estudar para manter a mente no lugar, porque só o jogo não ajuda. O jogo faz você muito feliz, mas é importante manter o equilíbrio. E é bom porque muitas crianças ficam na rua sem fazer nada, então é melhor ir para um lugar que você faz alguma coisa do que ficar na rua”, declara o estudante.