23/01/2024 às 19:10, atualizado em 23/01/2024 às 19:12

Hospital Regional de Santa Maria abre Ambulatório de Dengue para retornos

Local vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h, e será exclusivo para pacientes com dengue moderada que já receberam atendimento na própria unidade

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

Com o objetivo de ampliar o atendimento prestado à população e desafogar o pronto-socorro adulto devido ao aumento considerável do número de casos de dengue, a partir desta quarta-feira (24), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) abrirá o Ambulatório de Dengue para pacientes egressos do próprio hospital, ou seja, os que tiveram atendimento inicial no HRSM e necessitam retornar em até 48h.

“Este é um modelo de organização interna para garantir o acesso à população que precisa de atendimento, muito conhecido como rota rápida”, destaca a superintendente do HRSM, Eliane Abreu.

“A abertura do Ambulatório de Dengue é uma forma de agilizar a reavaliação de casos que tenham condições de seguimento ambulatorial, como exemplo o paciente que foi embora de alta ou que chega na porta e apresenta melhora clínica e tem condições de ser acompanhado ambulatorialmente”Felipe Augusto Oliveira, gerente de Emergência do HRSMdireita

O local é voltado para quem é classificado como amarelo ou laranja, ou dengue tipo C (moderada), aqueles casos em que o paciente precisa de hidratação venosa e medicação para aliviar os sintomas, porém não necessita de internação hospitalar. O Ambulatório de Dengue vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h.

“Estamos com um número crescente de pacientes de todos os perfis, entretanto os de perfil C e D levam a um maior impacto no hospital. Então, a abertura do Ambulatório de Dengue é uma forma de agilizar a reavaliação de casos que tenham condições de seguimento ambulatorial, como exemplo o paciente que foi embora de alta ou que chega na porta e apresenta melhora clínica e tem condições de ser acompanhado ambulatorialmente”, explica o gerente de Emergência do HRSM, Felipe Augusto Oliveira. “E tudo isso sem sobrecarregar ainda mais o pronto-socorro, reduzindo filas e melhorando a qualidade do atendimento prestado”, completa.

De acordo com o gerente, o paciente que chegar será classificado e atendido inicialmente. Após realizadas as medidas clínicas, ele receberá um papel para retorno e reavaliação de acordo com a indicação médica e já com exames de reavaliação solicitados. Este paciente será reavaliado entre um e três dias. No caso de haver vagas na agenda, serão realizados encaixes de casos menos complexos que aparecerem de demanda espontânea e o primeiro atendimento já será feito direto no ambulatório.

“Esse ambulatório é destinado para pacientes com dengue moderada, com menos riscos de agravamento. Então, atenderemos e a equipe vai repassar as orientações de quais sinais são preocupantes e devem fazer o paciente procurar atendimento imediato”, destaca.

Segundo Felipe Augusto, atualmente, a equipe trabalha também nas interfaces para que os pacientes sejam referenciados de maneira segura para o local adequado de atendimento, sendo referenciados para atendimento em unidades básicas de saúde (UBSs) ou unidades de pronto atendimento (UPAs).

Explosão de casos

O número crescente de casos de dengue acende um alerta para que toda a população faça sua parte na prevenção do mosquito Aedes aegypti. De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em todo o ano de 2023, o Hospital Regional de Santa Maria registrou um total de 378 notificações de casos suspeitos de dengue, enquanto nos primeiros 20 dias de 2024 já foram registradas 352 notificações.

“O que chama a atenção neste ano é que 52% dos casos suspeitos de dengue notificados foram em crianças, sendo um total de 186 crianças com a doença”, afirma a chefe de Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima.

Dos 352 casos suspeitos notificados pela Vigilância Epidemiológica do HRSM, 199 eram classificados como amarelos, 77 laranjas e 26 vermelhos, além de 42 verdes e oito azuis. Desses, 52 tiveram a necessidade de internação.

“Através das notificações de casos é que são realizadas as estratégias e ações de prevenção ao combate à dengue. Foi perceptível o aumento de casos neste início de ano devido ao período chuvoso e isso está relacionado à sazonalidade da doença”, conclui Larysse.

*Com informações do IgesDF