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13/02/2024 às 20:43
A folia de terça-feira (13) foi marcada por blocos compostos por famílias de foliões, como o Portadores d’Alegria e Groove do Bem
O último dia do Carnaval do Distrito Federal foi agitado. Centenas de pessoas curtiram a festa nos blocos que saíram às ruas nesta terça-feira (13). Entre os grupos que arrastaram os foliões estão o Portadores da Alegria, o Pacotão e o Groove do Bem, no Plano Piloto e em Taguatinga. Só este ano, o GDF investiu mais de R$ 6 milhões na festa de rua na capital federal.
Prestes a completar uma década de existência, o bloco Portadores d’Alegria reuniu o público no estacionamento 12 do Parque da Cidade, com música e apresentações ao vivo, pintura de rosto, mágicos, brinquedos infláveis, teatro infantil do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e estrutura específica para pessoas com deficiência (PcDs). A festa começou por volta das 13h e seguiu até as 20h30.
O adolescente João Paulo Pires dos Santos, 17, também marca presença todo ano no bloco. Acompanhado do pai, o advogado João Pires, 56, o jovem cadeirante aproveitava a folia do espaço PcD trajado de policial. “Esse bloco é muito inclusivo porque tem acesso e bancadas especiais para os PcDs. Tem muita segurança e tranquilidade. Tem que ter todo ano porque a pessoa com deficiência não tem que ficar isolada”, analisa João Pires.
A árbitra de bocha paralímpica Maria Inês de Bona, 54 anos, e a filha dela, que é cadeirante, a atleta de bocha Erika Bernardi, 21, foram pela primeira vez ao bloco e ficaram encantadas. As duas não pararam de dançar um minuto ao som das músicas de Carnaval. “Fiquei sabendo pela televisão. Estava passando por aqui e vim. Acho que é interessante não por ser inclusivo, mas por ser um espaço para todo mundo. É muito bom e gostoso estar aqui”, comentou.
A administradora Neide da Silva, 45 anos, e a filha dela Ana Laura, 12, curtiram apenas um dia de Carnaval e escolheram o Taguaparque para aproveitar a folia. “É um evento para família e todos têm que trazer os filhos para conhecer, se divertir e brincar”, defendeu.
Após vários dias de apresentações no Carnaval, o grupo Batalá fechou a festa no Groove do Bem. A convite do bloco, a banda se juntou a outros percussionistas para celebrar o cinquentenário do bloco afro baiano Ilê Aiyê.
“É muito importante mostrar a cultura que temos, principalmente, em eventos como esse, abertos ao público sem cobrança de ingresso e que cada um pode trazer sua bebida. É uma coisa maravilhosa”, definiu a presidente do Batalá, Nina Pires.