14/02/2024 às 09:50

Bancos de leite incentivam retomada das doações após queda em janeiro

Durante o primeiro mês do ano, o DF não atingiu a meta de coleta; período de férias e aumento dos casos de dengue influenciaram no resultado, e objetivo agora é reabastecer o estoque

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira

O leite materno é considerado padrão ouro em nível nutricional na alimentação de bebês de até seis meses. Para os prematuros e os bebês internados em uma unidade hospitalar, o insumo tem papel ainda mais importante, por atender as necessidades fisiológicas do organismo com as proteínas e os nutrientes necessários. Por esse motivo, é fundamental que o estoque dos bancos de leite humano do Distrito Federal estejam sempre abastecidos.

Apenas um único frasco de 350 ml é capaz de salvar até dez bebês | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Sobre o processo de ordenha, Mariane Curado explica que o leite deve ser colocado diretamente no próprio frasco. “Mesmo que ele não tenha ficado completamente cheio, deve ir direto para o congelador. A mulher também pode deixar um copo de vidro separado, que tenha sido fervido, para as coletas subsequentes. Os novos conteúdos devem ser virados em cima do leite que está congelado e voltar imediatamente ao local após a ordenha”, explica.

Processo de pasteurização

Após o recolhimento dos frascos, o material colhido segue para um dos bancos de leite humano do Distrito Federal, onde passa pelo processo de pasteurização para eliminação de microrganismos e fica armazenados aguardando a demanda. “Nesse processo, conseguimos manter os nutrientes e as substâncias importantes para os bebês que vão receber; esse leite, que antes tinha 30 dias de validade, passa a ter seis meses”, detalha Mariane.

Atualmente, o DF conta com 14 bancos de leite humano – dez da SES-DF, um federal (Hospital Universitário de Brasília/HUB) e três privados –  e sete postos de coleta, sendo três da rede pública e quatro da privada. “Atuamos de forma conjunta, trabalhando como uma rede mesmo, atendendo os bebês da rede pública e privada”, complementa a coordenadora de Política de Aleitamento Materno.