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16/02/2024 às 13:46
Espaço idealizado pelo Governo do Distrito Federal oferece estrutura, maquinário e matéria-prima para alunas capacitadas pela Fábrica Social se lançarem no mundo da economia criativa com peças de confecção e artesanato
Um novo espaço na Estrutural incentiva a produção artesanal independente, com a capacidade de gerar renda para os moradores da região. Localizada em Santa Luzia, a Fábrica de Cidadania é um projeto idealizado pelo instituto Conecta Brasil em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda (Sedet-DF).
O projeto foi aberto em dezembro de 2023 e passa por adaptações. Segundo o presidente do Conecta Brasil, Eduardo Moreira, a Fábrica de Cidadania é uma soma à Fábrica Social do governo, a última sendo um projeto de capacitação profissional.
“A Fábrica Social capacita e a gente dá essa oportunidade de eles utilizarem as máquinas, principalmente quem não tem. A partir do momento que você dá uma infraestrutura, isso possibilita que aquelas pessoas tenham a oportunidade de gerar renda, então o GDF passa a fazer o papel completo: capacita e dá oportunidade de gerar renda. Ninguém paga nem um real pela máquina, só tem que trazer o seu material de costura”, afirma.
A costureira Francisca Rodrigues fez parte da Fábrica Social em 2013 e, ao sair, se questionou o que faria a seguir, com a capacitação oferecida. Para ela, além do projeto na Estrutural ser uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho, facilita que ela fique mais perto dos filhos. “Esse projeto é um divisor de água nas nossas vidas. É muito bom a gente poder sair da capacitação e ter também como trabalhar depois”, destaca.
Psicólogas também fazem parte da iniciativa, atendendo as mulheres da comunidade no espaço de trabalho. Além disso, por utilizarem máquinas mais modernas e diferentes das que as mulheres costumam ter em casa, há instrutores e assistentes para dar auxílio e tirar as dúvidas de manuseio e utilização dos equipamentos.
Ana Patrícia da Silva é costureira há 19 anos e afirma que nunca viu algo parecido na comunidade. “Para a gente que aprendeu e não tem condições de comprar as máquinas, é uma realização para todas nós ter essas máquinas profissionais à disposição, para a roupa sair com qualidade e vir trabalhar para você ter o seu dinheirinho para ajudar na sua casa”, comenta.