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16/10/2017 às 17:53, atualizado em 17/10/2017 às 16:38
Previsões do Inmet indicam chuvas apenas para a última semana de outubro e precipitação acima da média em novembro. Informações foram dadas ao governador Rollemberg pelo diretor do instituto, Francisco Diniz
Em reunião no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para avaliar a situação climática do Distrito Federal, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, recebeu a informação de que as chuvas só devem voltar ao território na última semana de outubro.
As previsões do Inmet indicam outubro com precipitações abaixo da média, por influência do La Niña. Com base no panorama apresentado para o próximo trimestre, será possível avaliar as medidas de enfrentamento da crise hídrica e respaldar decisões nos próximos meses.
O fenômeno climático La Niña, conforme explicou o diretor do Inmet, Franciso de Assis Diniz, causa a redução da temperatura das águas do Oceano Pacífico e, no Brasil, forma bloqueios atmosféricos no sul do País. Esses eventos desviam as frentes frias para o mar e impedem a formação de chuvas no Centro-Oeste.
As primeiras precipitações devem cair em forma de temporais em áreas isoladas. Em novembro, porém, a expectativa é que o nível fique, no mínimo, dentro da normalidade para o período. No entanto, o Inmet trabalha com 35% de probabilidade de ocorrência de chuvas acima da média do mês.
[Olho texto='”É importante que todos nós estejamos conscientes da gravidade (climática) por que passa o DF. Estamos vivendo, por exemplo, as maiores temperaturas da história”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda
Diante desse cenário, é preciso conhecer os dados para traçar estratégias. “A reunião teve o objetivo de levantar elementos para análise do quadro [climático do DF] e, aí sim, tomarmos decisões nas próximas semanas”, resumiu Rollemberg.
Vários representantes do governo acompanharam a apresentação feita pelo diretor do Inmet, entre os quais o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Argileu Martins.
Também estiveram presentes o diretor-presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF, Maurício Luduvice; o diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), Paulo Salles; e o diretor-presidente da Emater-DF, José Guilherme Leal.
A situação de regiões como Sobradinho e Planaltina, que enfrentam situação mais delicada de abastecimento de água, deve motivar ações adicionais em breve, de acordo com o chefe do Executivo.
A Adasa e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), disse ele, estão buscando medidas de enfrentamento da escassez hídrica caso a caso.
“Temos cidades diretamente abastecidas por córregos que estão secando. Vamos intensificar a atuação junto a chacareiros, para verificar se está havendo irrigação de forma adequada, para garantir o mínimo de água às famílias”, enfatizou o govenador.
O consumo consciente de água deve ser prioridade para toda a população. “É muito importante que todos nós estejamos absolutamente conscientes do momento de gravidade por que passa o DF. Estamos, por exemplo, vivendo as maiores temperaturas da história”, constatou Rollemberg.
As altas temperaturas dos últimos dias, combinadas com escassez de chuvas, fizeram com que o nível dos dois principais reservatórios de água do território ficasse ainda mais baixo.
A Barragem do Descoberto registrou volume de 11,7% nesta segunda-feira (16), de acordo com medição feita pela Adasa às 13h30. Já o reservatório de Santa Maria marcou 26% de volume.
Edição: Vannildo Mendes