31/10/2017 às 15:39, atualizado em 09/11/2017 às 16:32

Vacinação contra febre aftosa vai até 30 de novembro

Começou a segunda etapa da campanha, para bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade. Medida é fundamental para que o DF continue como território livre da doença

Por Maryna Lacerda, da Agência Brasília

A multa para os criadores que não vacinarem seus animais dentro do prazo é a partir de R$ 167, e não de R$ 150, como informado anteriormente pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

A segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa vai até 30 de novembro. Nesse período, produtores rurais do Distrito Federal devem comprar as doses em lojas credenciadas e aplicá-las em bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade.

A expectativa é imunizar 40 mil animais em todo o território e, dessa forma, evitar a proliferação do vírus da família Picornaviridae, do gênero Aphthovirus. Quem descumprir a norma está sujeito a multa e outras punições.

De fácil contágio pelo ar, a febre aftosa causa febre e leva ao aparecimento de feridas na boca, nas glândulas mamárias e no casco. Sintomas como salivar em exagero e mancar também são relacionados ao vírus. Com isso, os animais deixam de se alimentar, enfraquecem e perdem peso.

Apesar de não causar a morte do rebanho, a doença impõe grandes perdas à produção pecuária e impede a exportação da carne.

Em 1998, o Brasil recebeu o primeiro reconhecimento de zona livre de febre aftosa, obtido com a vacinação em massa nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

O DF também alcançou esse status no ano 2000, após longo esforço de imunização do rebanho. O último caso registrado da doença na região foi em 1993.

Vacinação ampla impede aparecimento da doença no DF

A primeira etapa da campanha deste ano ocorreu em maio, conforme determina o calendário estipulado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. À época, o percentual de vacinação foi de 99% dos bovídeos do território.

Em números absolutos, cerca de 92 mil animais receberam as doses, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. A pasta é responsável por acompanhar a comercialização das vacinas e fiscalizar o cumprimento da medida.

Os produtores devem comprovar à pasta a aplicação das ampolas até 11 de dezembro. O processo é fundamental para emissão da guia de trânsito animal (GTA), documento que autoriza o produtor a transitar e comercializar produtos como carne e leite.

O procedimento pode ser feito presencialmente nos escritórios da secretaria (veja os endereços abaixo).

Também é possível remeter a documentação ao órgão de forma eletrônica. “O produtor que já tiver cadastro no Módulo do Produtor Rural pode enviar a documentação por meio do sistema”, explica a médica veterinária e uma das responsáveis pelo Programa de Febre Aftosa da pasta da Agricultura Priscilla Pereira Moura.

Punições para quem não vacinar o rebanho

A multa para os criadores que não vacinarem seus animais dentro do prazo fica a partir de R$ 167. Esse também é o valor para aqueles que não comprovarem a vacinação. Além disso, é impedido qualquer tipo de comercialização enquanto a situação não for regularizada.

Segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa

Até 30 de novembro (vacinação)

Até 11 de dezembro (comprovação da aplicação da dose)

Escritórios da Secretaria da Agricultura:

Asa Norte

Parque Estação Biológica – Edifício-Sede

(61) 3340-3862

Brazlândia

Setor Tradicional Alameda Veredinha, Quadra 24, Bloco A, Lote 3

(61) 3391-6426

Gama

Quadra 1, Lote 14/24, Comercial Norte

(61) 3484-3484

Planaltina

Avenida Independência, Quadra 2, Bloco B, Área Central, Setor Comercial

(61) 3389-3738

Sobradinho

Quadra 8, Área Especial 3

(61) 3487-1438

Rio Preto (Planaltina)

Sede do Núcleo Rural Rio Preto

(61) 3500-1359

São Sebastião

Escritório da Emater na Avenida Comercial, Lote 8 (somente nas manhãs de quarta-feira)

(61) 3339-1556 e 3311-9393

Edição: Paula Oliveira