03/11/2017 às 19:10, atualizado em 05/11/2017 às 15:01

Comitê de crise do Sol Nascente terá plantão 24 horas por dia

Formado por 13 órgãos do governo de Brasília, grupo foi criado nesta sexta (3) para acompanhar os trabalhos de recuperação dos estragos na região causados pelas fortes chuvas dos últimos dois dias

Por Cibele Moreira, da Agência Brasília

O comitê de crise criado pelo governo de Brasília para mitigar os estragos no Sol Nascente, em Ceilândia, causados pelas fortes chuvas de quarta (1º) e de quinta-feira (2) traçou medidas emergenciais no fim da tarde de hoje (3) para prevenir novos incidentes na área.

Entre as ações estão o monitoramento permanente da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar na região, o reforço do policiamento e a intensificação da coleta de lixo para evitar o carregamento de resíduos que atrapalhem o escoamento das águas pluviais.

A Defesa Civil fará um levantamento dos pontos de risco, e os locais mais críticos serão sinalizados. De acordo com o órgão, o comprometimento maior ocorreu em duas vias próximo da Chácara 125.

O comitê pede à população que evite sair de casa durante tempestades e transitar de carro nas ruas afetadas e que colabore com a limpeza urbana.

Fazem parte do grupo os seguintes órgãos:

  • Administração Regional de Ceilândia
  • Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb)
  • Corpo de Bombeiros Militar
  • Companhia Energética de Brasília (CEB)
  • Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
  • Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab)
  • Defesa Civil
  • Polícia Militar
  • Secretaria das Cidades
  • Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos
  • Secretaria de Projetos Estratégicos
  • Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
  • Serviço de Limpeza Urbana (SLU)

Nesta manhã, representantes das secretarias e dos órgãos responsáveis pela infraestrutura e pelo apoio à região montaram uma força-tarefa e vistoriaram as principais áreas atingidas. De início, os trabalhos consistiram em limpar a sujeira, como lixo e lama, trazida pela chuva.

Atendimento a famílias

Nos dois dias de temporal, a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos atendeu 14 famílias que tiveram as casas danificadas.

Para sete delas foi solicitado o benefício vulnerabilidade (até seis parcelas de R$ 400 por mês) e o excepcional — o aluguel social, de até 12 parcelas de R$ 600 mensais.

Uma casa foi demolida para dar mais segurança aos moradores ao redor. A Defesa Civil montou uma tenda para prestar os primeiros apoios às famílias. Essas pessoas estão em casas de parentes.

O Sol Nascente passa por amplo processo de urbanização. Desde 2015, o condomínio recebe asfalto, redes de águas pluviais e equipamentos públicos diversos. Segundo a Secretaria de Infraestrutura, cerca de 95 mil moradores serão beneficiados.

No Trecho 1, há obras de infraestrutura que englobam 25,2 quilômetros de redes de drenagem; cinco lagoas de detenção; e a pavimentação de 304,9 mil metros quadrados de vias, de 7 metros de largura, o equivalente a 44 quilômetros.

As intervenções no Trecho 2 compreendem a execução de 30,3 quilômetros de redes de drenagem, a construção de três lagoas de retenção, além da pavimentação de 493,5 mil metros quadrados de vias, o equivalente a 70 quilômetros de vias de 7 metros de largura.

No Trecho 3, o contrato prevê 21,3 quilômetros de redes de drenagem, três lagoas de retenção e 450,5 mil metros quadrados de pavimentação.

No total, são investidos R$ 220,3 milhões em benfeitorias no setor habitacional. Os recursos são originários da Caixa Econômica Federal (75%), com contrapartida do governo de Brasília (25%).

Edição: Raquel Flores