02/11/2013 às 15:21, atualizado em 24/01/2017 às 16:35

Homossexuais são atendidos pelo nome social na rede pública de saúde

Nome de nascimento consta no prontuário, mas médicos e enfermeiros são orientados a chamar paciente pela forma que ele preferir

Por Claudete Nascimento, da Secretaria de Saúde

. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (2/11/13)– A Secretaria de Saúde do Distrito Federal reforçou, nesta semana, que todos os pacientes travestis e transexuais têm o direito de ser atendidos na rede pública de Saúde do Distrito Federal pelo nome social -aquele que escolheu usar- em vez do nome de registro.
“Fui vítima de agressão por faca e estou internada aqui no Hospital Regional de Taguatinga. Todos me chamam da forma como eu quero ser chamada. É muito importante saber que as pessoas me respeitam”, relatou a paciente J.W.L., 29 anos, que prefere ser chamada Júlia.
No prontuário do paciente travesti ou transexual consta a identificação (nome e sobrenome) de acordo com o registro civil, mas há outro espaço, com mais destaque, destinado ao nome pelo qual prefere ser chamado, de acordo com o que determina o Ministério da Saúde.
A carta dos direitos dos usuários determina ainda que, todo paciente deverá ser atendido pelos serviços de saúde de forma humanizada, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em função de idade, raça e orientação sexual, entre outros.
“É fundamental que os profissionais da rede pública atendam o paciente homossexual de acordo como ele quer ser chamado. Além de estarmos cumprindo as determinações legais, queremos que os pacientes se sintam acolhidos pelos serviços de saúde”, destacou o secretário de Saúde, Rafael Barbosa.
Quando o paciente não for atendido pelo nome social, conforme gostaria, ele poderá entrar em contato com a Ouvidoria da Secretaria de Saúde para registrar a sua reclamação e, assim, o órgão promoverá ações para resolver o problema.
“Atender o paciente como ele gosta de ser chamado é uma questão de respeito. Essa forma humanizada de atendimento cria vínculo de fortalecimento entre profissionais e pacientes”, acrescentou a gerente de Atenção à Saúde de Populações em Situação de Risco, Sandra Duarte Mauch.
(B.F/T.V*)