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30/01/2018 às 09:07, atualizado em 08/03/2018 às 17:44
Segunda loja do projeto Brasília Criativa, no Pátio Brasil, vai atender à demanda de quase 10 mil profissionais cadastrados na Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer
Artesã desde 1974 e presidente da Associação Sudoeste/Octogonal de Artesanato Solidário, Lúcia Cruz comemora o novo local para expor seus produtos, no terceiro piso do Pátio Brasil. Cedida pelo shopping à Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer, a loja faz parte do projeto Brasília Criativa e servirá de apoio aos 9,9 mil profissionais registrados na pasta.
Eles integram o cadastro da Unidade de Gestão do Artesanato. “Para nós, é complicado ter espaço em um shopping, o custo é muito alto. Uma oportunidade dessa traz nova experiência de público”, analisa Lúcia, que tem registro no governo desde 1993.
Essa é a segunda loja em centro comercial destinada à comercialização de trabalhos de artesãos cadastrados na secretaria. Aberto desde março de 2016, o espaço no Liberty Mall atende atualmente 15 profissionais que se revezam por temporadas, com duração de três meses.
A novidade no Pátio Brasil seguirá o mesmo esquema. Os 19 artesãos, selecionados por meio de edital, ficarão até 30 de maio, quando outros trabalhadores manuais ocuparão o local com seus produtos.
A iniciativa faz parte da política de fortalecimento do artesanato em Brasília e não tem custo para o governoesquerda
Para o secretário adjunto de Turismo, Jaime Recena, essa é uma oportunidade para o artesão comercializar em área de grande fluxo de pessoas. “Vamos continuar trabalhando para inaugurar em breve outras unidades semelhantes em áreas movimentadas”, afirma.
A iniciativa faz parte da política de fortalecimento do artesanato em Brasília e não tem custo para o governo. A expectativa da secretaria é que a segunda loja repita o sucesso da primeira, que vende cerca de R$ 40 mil por trimestre.
Ana Paula Rocha, de 43 anos, trabalha há mais de cinco com utensílios em MDF. Na prateleira para comercialização, as peças se destacam por compartilharem duas características em comum.
Pintadas em azul, elas carregam a tipografia de Brasília. De porta-chaves a símbolos religiosos, a artesã inclui sempre sua marca nos produtos.
Dos famosos ipês aos ícones de Athos Bulcão, Ana Paula conta que a referência com a cidade é um diferencial. “Sempre procuro trazer peças que são de utilidade, não apenas bibelô. Isso ajuda o consumidor a escolher.”
[Olho texto='”Foi uma terapia. Em menos de um ano já tive alta da psicóloga e atualmente faço dessa arte meu sustento”‘ assinatura=”Antônio Augusto Moraes, artesãodireita
Já a carioca Lúcia Cruz, de 60 anos, ressalta a beleza das flores do Cerrado com peças feitas de tecido. O colorido do arranjo chama a atenção e oferece uma opção para decoração de espaços fechados.
Com peças delicadas, as joias em prata de Antônio Augusto Moraes, de 55 anos, encantam. Brincos, colares e anéis remetem a símbolos da capital federal.
Moraes conta que o trabalho minucioso ajudou a superar a depressão. “Foi uma terapia. Em menos de um ano já tive alta da psicóloga e atualmente faço dessa arte meu sustento”, relata o artesão.
A professora Lilian Câmara, de 48 anos, ficou admirada com a loja no Pátio Brasil. “Gosto muito de artesanato. Sempre que quero comprar, tenho que ir a alguma feira. Agora posso vir mais vezes”, conta a consumidora, que nunca imaginou encontrar espaço de artesanato em shopping.
Acompanhada da filha, ela já encomendou dois anéis de Augusto, que ficou satisfeito com o reconhecimento.
Edição: Vannildo Mendes