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29/01/2018 às 16:12, atualizado em 29/01/2018 às 17:44
Resultado dos exames foi divulgado pelo Zoológico de Brasília na tarde desta segunda (29). Fundação trabalha agora para identificar o que causou a doença
Diferentemente do informado pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília, o elefante Babu morreu de pancreatite, e não de pancreatite aguda, como publicado anteriormente.
A Fundação Jardim Zoológico de Brasília divulgou na tarde desta segunda-feira (29) a causa da morte do elefante africano Babu, de 25 anos, em 7 de janeiro. Após a conclusão de exames feitos durante a necropsia e depois, foi identificado um quadro de pancreatite no animal.
Agora, o zoológico trabalha para descobrir como a doença começou. Além de investigações complementares, foi feito contato com o Parque Nacional Kruger, na África do Sul — de onde vieram Babu e a companheira, Belinha.
A fundação também mantém diálogo com outros centros de conservação de elefantes nos Estados Unidos e na Europa. O objetivo é conseguir informações de parentesco nas manadas locais e outros registros clínicos similares. Isso porque uma das causas prováveis para esse tipo de patologia tem fatores congênitos.
O zoo enviou ainda amostras de tecidos para análises complementares de histopatologia e toxicologia a laboratórios de Brasília, Belo Horizonte e Botucatu, pois todos são referência nesse tipo de procedimento.
De acordo com o diretor-presidente da fundação, Gerson Norberto, “somente com a conclusão dessas análises e dos dados que estão sendo levantados pela equipe do zoo poderemos ter uma confirmação do que causou o quadro de pancreatite”.
Enquanto isso, uma equipe com servidores do Núcleo de Bem-Estar Animal, tratadores, veterinários, zootecnistas e biólogos intensificaram o monitoramento de Belinha e do elefante Chocolate.
O grupo estuda como aproximá-los para que vivam no mesmo recinto. Para isso, foram distribuídos diversos atrativos com o cheiro de ambos entre os recintos de cada um.
Nessa etapa, uma análise científica do comportamento dos animais está em elaboração com base nas atividades deles. “Esses dados são essenciais, pois servirão para decidir os próximos passos”, informa Norberto.
Assim que os paquidermes apresentarem familiaridade um com o outro, virá a fase de aproximação visual. Chocolate será levado para perto da fêmea, em um recinto ao lado, onde eles consigam se ver.
Segundo o diretor de Mamíferos, Filipe Reis, depois disso, os dois dividirão o mesmo espaço, mas sem contato físico. “O novo casal precisa conhecer o comportamento um do outro, seus hábitos, manias e reações, para que não se assustem ou entrem em atrito quando estiverem juntos”, explica.